Laos: Luang Prabang- 2º dia

Acordamos pouco depois do alvorecer, no Laos o dia começa cedo, pelas 5.30 da manhã já os monges percorrem as ruas recolhendo as oferendas. Não assistimos à cerimónia, nos últimos anos, esta que é uma cerimónia íntima e espiritual tem-se tornado um circo por culpa dos turistas que não respeitam os códigos nem a etiqueta. Recuso me a contribuir para tal.

Depois de um pequeno almoço retemperador nos 3 Nagas – uma sala linda com grandes portadas abertas para a rua – apanhamos um tuk tuk para as Kuang Si Waterfalls, umas cascatas lindas acerca de 30 km a sul de Luang Prabang.

 

 

 

Até lá paramos numa pequena aldeia, não se vê praticamente ninguém, só crianças e mulheres. Elas deitadas em esteiras, os filhos à volta qual ninhada.
É um dia normal mas mais parece feriado. Simpáticos, acenam à nossa passagem.

 

 

Chegamos às cataratas pouco depois das nove da manhã e é isso que recomendo. A essa hora ainda é possível entrar no parque a ouvir apenas o barulho da floresta e das quedas de água, já quando saímos por volta das onze, já estão a chegar resmas de vans carregadas de turistas.
Nas cascatas a água de um azul esmeralda convida a um mergulho. Não é propriamente quente, mas o calor é tanto que acaba por ser refrescante.

 

 

Antes da partida ainda vamos beber uma cerveja à esplanada do Carpe Diem, um pequeno restaurante à entrada do parque. Tem esplanada à beira das quedas de água, uma piscina natural e até uma sala de massagens à beira da água.

 

 

Um oásis no meio das barraquinhas de souvenirs e de churrascos.

 

 

De volta a Luang Prabang vamos almoçar ao Dyen Sabai Para lá chegar à que atravessar o rio por uma ponte de bambu que só existe na época seca. Na época das chuvas só de barco.

 

 

O restaurante é muito giro, tem mesinhas baixas e almofadas no chão para quem goste de se sentar de pernas cruzadas ( e mesas mais altas para quem como eu não seja muito dado ao contorcionismo) . Todas as mesas têm um buraco no meio para um mini barbecue onde se podem grelhar coisas ou então por uma vasilha em cima para se ir cozinhando um tradicional hot pot. Um tipo de fondue que pode ser com carne, peixe, vegetais.

 

 

Com o calor que está, infelizmente a fome não é muita e acabamos por pedir apenas um conjunto de várias entradas: pasta de beringela fumada, salsichas do Laos, algas do rio Mekong, fritas com sementes de sésamo e amendoim. Geleia de búfalo e malagueta, uma maravilha.

 

 

Protegidos do calor das duas da tarde deixamo-nos ficar mais um pouco a aproveitar a brisa do rio.
Voltamos para o centro da cidade directos ao Banateu para beber um bom café expresso.
Há muitos cafés em Luang Prabang e este é um dos mais giros. Um ambiente francês com ar de fotografia de sépia. E pão e bolos do melhor.

 

 

À tarde partimos para uma aula de cozinha no Tamarindo, um dos melhores restaurantes da cidade para provar típica comida do Laos.
As aulas de cozinha são dadas acerca de 15 minutos da cidade, nas margens de um lago no meio de uma floresta cerrada. Um cenário maravilhoso. Em cima do balcão de madeira escura, há erva principe, folhas de lima kaffir, limas, tomate, cebolinho, filetes de peixe, frango picado, coco ralado, cebolinhas, alho, coentros, erva doce, manjericão. E arroz. No Laos em nenhuma refeição pode faltar o arroz glutinoso.

 

Mr Sit o professor cozinheiro vai apresentando os produtos, explicando as técnicas e ajudando na confecção.
Duas horas depois, como por magia sentamo nos à mesa a degustar o manjar que cozinhamos: peixe em folha de bananeira, pasta de beringela fumada e de tomate assado, uma sopa de bambu, erva príncipe recheada com Frango, salada de búfalo e para sobremesa arroz vermelho com leite de côco e fruta.
Uma delícia.

De volta a cidade ainda damos um volta pelo mercado nocturno. Já vi muitos mercados na Ásia e garanto que nunca tinha visto um como este: tão organizado, tão silencioso. Infelizmente não tem nada realmente atractivo para comprar. Mais do mesmo, tudo com ar que veio da China.

 

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