Oito meses pequena bebé….

Oito meses que passaram num ápice, mas com paletes de momentos felizes, de coração cheio, de sorrisos, de ai que tanto amor não me cabe dentro do peito.

Não foi ontem que nasceste… não foi ontem, porque quase consigo recordar cada dia que passou desde então. E foram muitossss diass e foram vividos em grande, como se quer e como se deseja.

Não quero ser repetitiva, mas a verdade é que estás gira mas gira, super simpática – riste-te tanto para estranhos na rua, mesmo que esses não estejam a olhar para ti, que até me intimidas – palras, dás gargalhadas e já parece que entendes as piadas e as brincadeiras que fazemos contigo. Sabe se lá porquê, agora quando te deito numa cama para te mudar a fralda, achas que é tempo de brincar e começas a fugir… ah sim, porque entretanto aprendeste a sentar te, a gatinhar… e já te puseste de pé numa cama de viagem e no parque – sim já tivemos que te arranjar um parque para que não andasses destravada pelo chão, um dia fomos encontrar te debaixo da mesa da sala, outro dia debaixo do sofá.

Estás uma bebé crescida que já aprendeu a dar os bracinhos… principalmente para a mãe. Tens uma tal paixão por mim, pequena bebé, que às vezes até fico “sem jeito” como dizem os brasileiros.

Mas que seja sempre “mais ou menos assim”,  uma ao lado da outra, ou por muito perto, não durante oito meses, mas durante muitos e muitos anos… mas por favor, pequena bebé, pára de ir a olhar fixamente para mim com um olhar derretido enquanto conduzo, e estás sentada no ovo ao meu lado… eu tenho que olhar para a estrada e tu vais ali, parada, sem desviar o olhar de mim… Tanto amor às vezes é contra a segurança rodoviária, se me entendes.

Este mês foi um Verão grande para ti, cheio de dias de praia, de piscina, de amigos… dias pela Praia Grande, dias por Sagres, por Vilamoura, por Pedras del Rei, almoços pela linha de Cascais e tardes no Jardim da Estrela a gatinhar  pelos relvados e – pela primeira vez -a andar de baloiço.

No meio de tudo, adoras tanto areia e mar que digo  – a  brincar – que vais ser nadadora -salvadora. Gosto te ver assim, destemida, aventureira e sempre com uma gargalhada pronta. Gosto de te ver assim, embora sinta que tudo me faz mais impressão a  mim do que a ti.  Vamos continuar neste registo, não é?

Neste último mês também já percebeste quem é a mãe e quem é o pai… e sabe se lá porquê, com um portas-te melhor do que com o outro… vamos adivinhar quem é quem?

Também descobrimos que sais a quem tens que sair e que odeias centros comerciais – guinchas como se te tivessem a enfiar agulhas nos pés – e adoras passear ao ar livre, principalmente em jardins.

Acima de tudo és uma boa menina, que continua a dormir a noite toda, a comer bem e encher -nos a vida… e olha que a nossa vida não tinha nada de vazio, pequena bebé.

Para festejares os teus 8 meses em grande, fomos até Berlim passar 4 dias com (alguns dos teus muitos) tios. Para comprovar que quem sai aos seus, sai mesmo, portaste-te como uma viajante nata… não stressaste no voo, acomodaste-te em três tempos à cama de viagem do apartamento que alugámos e adoptaste o horário ” come-se quando- calhar”- das viagens. Dormiste em restaurantes-bar, tomaste pequenos almoços ao ar livre, lanchaste em memoriais e almocaste em museus. E até houve um dia que lanchaste no metro, com a tia Guida a amparar me e o tio Pedro a amparar a tia Guida.

Se todas estas tuas primeiras vivências te ficarem aí inculcadas de alguma e forma e feitio, já tens um bom inicio para ser uma miuda gira… se assim não for, vais ser gira na mesma… mais que não seja para mim e para o teu pai, e para os teus avós, tios, primos e manos que tens a sorte de ter.

Continua a sorrir minha pequena bebé, tens oito meses és linda e todos os dias levas tantos e tantos beijinhos que davam para uma vida inteira e mais um pouco.

Parabéns pedacinho de gente, pedacinho de céu, pedacinho de nós…