3º dia – San Juan

A vila que se segue é San Juan, a uns 15 minutos de barco. Bem maior do que San Marcos – já tem 10 mil habitantes – e longe de qualquer aura mística, aqui predominam os locais, povos indígenas descendentes dos Maias.
Uma ladeira muito íngreme leva-nos encosta acima de tuk tuk, ao volante Arturo, filho da terra e nosso guia durante a hora e meia em que vamos passear pela vila.

 


Na primeira paragem leva-nos a uma cooperativa de artesãs locais que nos ensinam como fiam o algodão, tingem-no com tintas naturais e usam-no para tecer as bonitas peças que vendem.
Desde os anos 90 que muitas das artesãs das pequenas vilas rurais estão organizadas em cooperativas que vieram ajudá- las em muito do seu negócio.


Despedimo-nos da simpática Catarina, artesã, a quem ainda compramos uma bonequinha típica e partimos com Arturo para a paragem seguinte, uma torrefacção de café, onde nos explicam os vários passos destas sementes, desde a colheita – nesta ilha abundam as plantações de café- até ao produto final.

 

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Café, milho e abacate assim se faz o ano agrícola de San Juan, uma colheita de cada, muita mão de obra, uma vida sofrida, poucos ganhos, mas sorrisos cheios, assim vive o povo daqui. Com uma simpatia tão genuína.
Paragem final, uma galeria de arte. As gentes de San Juan são conhecidas pelos seus dotes artísticos e em cada esquina, uma galeria comprova-o. Nas pinturas, as mesmas cores que nos tecidos, alegres e garridas como se a vida destas gentes de sangue Maia se tenha sempre pautado por dias de festa e momentos felizes e a  história não nos recordasse exactamente o contrário.

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