O quinto dia começou em grande, Nico pesca um grande atum e todos nos lançamos a ajudar a sacar o peixe do mar e a arranjá-lo.
Todos, salvo seja, o F. vai para a linha da frente, eu continuo calmamente a tomar o pequeno almoço de um ângulo que não me permita vislumbrar as entranhas do bichinho a serem esventradas.
Mas os homens a bordo estão eufóricos e todos estamos contentes com a ideia de termos atum fresco para grelhar.
Continuamos a velejar rumo a Milos, considerada uma das ilhas mais bonitas do arquipélago das Cicliadas, onde chegamos por volta das 13h00 à baía de Sarakiniko, onde a paisagem rochosa nos maravilha pela sua peculariedade.
Do mar parece que desponta solo lunar, onde a força do mar com a passagem dos anos foi escavando túneis e grutas e criando piscinas naturais. O azul do mar é lindo, a água quente, o recorte da costa maravilhoso.
Paramos para um mergulho demorado, nadamos e até terra e partimos à descoberta. Por aqui vêem-se mais turistas do que até então, deitados pelas rochas, parecem pinguins ao sol. Mas nem eles conseguem estragar a paisagem.
Partimos depois do mergulho rumo à baía de Fyropotamos onde paramos para almoçar a bordo uma belíssima tortilha.
Na praia há uma ermida e algumas pequenas casas de pescadores com as suas portas coloridas.
Chegamos ao porto principal da ilha, Adamas, já passa do meio da tarde. A ideia é alugar umas scooters e irmos dar uma volta por terra.
Primeira paragem é Klima junto ao mar, uma pequena aldeia de pescadores. As suas casinhas alinhadas, a pequena igreja de cúpula azul, o restaurante junto à água com as mesas na areia, tudo muito calmo, o calor quebrado pela brisa, os pequenos barquinhos de pesca a ondularem com a maré.
Sentamo-nos numa mesa a aproveitar o momento e pedimos uma cerveja gelada.
É quase pôr-do-sol quando subimos a Plaka, o centro histórico de Milos. A vista da ermida no topo é fenomenal. As ruelas do centro são do mais “Greek Style” possível, autêntico postal: a calçada irregular, as ruelas estreitas, as lojinhas de produtos locais, as esplanadas, as buganvílias. E o mar ao fundo. Num azul que só se encontra aqui e ao qual os ingleses chamam tão bem de “Blue Aegean” ( sendo este o mar Egeu) .
Jantamos no restaurante Archondoula, numa esplanada castiça mesmo no centro histórico. Pedimos legumes grelhados com queijo “manouri”, polvo grelhado, moussaka e cabrito à Milos. Principalmente os legumes são maravilhosos, aliás como todos os que temos comprado. Sabem aos legumes da minha infância e o tomate então é único.
E as frutas? Acho que comi aqui a melhor melancia da minha vida.
Acabamos a noite no deck do barco, debaixo de um céu estrelado, a brindar a mais um dia perfeito.
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