4º dia – Miami

Não há volta a dar, nos Estados Unidos as medidas são outras. Mal chegamos ao rent-a-car no aeroporto de Miami e mostramos o voucher da reserva, o rapaz do balcão interroga-nos porque é que queremos um carro tão pequeno – um tamanho perfeitamente normal para os padrões europeus mas uma pileca para um americano. Voltas e mais voltas e acaba por nos arranjar pelo mesmo preço aquilo a que ele chama uma “mini van” mas que para nós é mesmo uma carrinha com 8 lugares. E assim rumamos a Miami Beach, onde a manhã do primeiro dia começa com um passeio a pé pela Ocean Drive, a avenida que como o próprio nome indica, fica à beira-mar, mesmo junto ao ” calçadão” onde os locais correm, andam de bicicleta, fazem flexões e se passeiam de skate e patins em linha.


Os menos desportistas , enchem as esplanadas da avenida, devorando grandes pratos de ovos e bacon com batatas fritas e muitos molhos. Novamente o “home style cooking” americano ;-).

A Ocean Drive faz parte do Art Deco Distrit, o maior bairro de “art deco” do mundo e vale a pena prestar atenção aos edifícios que, realmente, são todos – ou quase todos – bonitos exemplares deste estilo.
Nesta rua fica também a Villa by Barton G, antiga casa de Gianni Versace, ao portão da qual foi assassinado. É hoje em dia um pequeno boutique hotel e um restaurante de luxo. À porta há sempre turistas a tirar fotos… sabe- se lá porquê.


Aproveitando o dia de sol e calor resolvemos pegar no carro e ir até Key Biscaine, a ilha a sul de Miami Beach que tem fama de ter as melhores praias de Miami.
Não sei se serão de facto as melhores mas a viagem até la vale muito a pena, pois atravessa-se algumas das pontes com melhores vistas sobre Miami. E já isso vale muito a pena.


A praia de Key Biscaine – pelo menos aquela que é considerada a melhor – fica dentro do parque natural, junto ao farol. A faixa de areia é estreita mas o facto de não ter quase ninguém e uma água tépida é uma grande mais valia. Outro dos grandes pontos a favor é sem dúvida o restaurante da praia. Simples, de madeira, não tem ar que sirva nada de jeito. Puro engano, entre a enchilhada de peixe que o F. pediu e o meu filete de atum – que veio fantasticamente braseado, o almoço revelou se uma agradável surpresa.
O resto da tarde foi passado na praia de papo para o ar, que as férias também se querem para descansar, não é verdade?


Ao final do dia aproveitámos para, já de regresso a Miami Beach, dar uma volta pela Espanhola Way e pela Lincoln Avenue. A primeira é uma rua pedonal ladeada de casas em terracota e com portões rendilhados. De repente parece que chegámos à Andaluzia. De um lado e do outro restaurantes e esplanadas com comida mexicana, peruana, espanhola, brasileira e afins. Talvez haja bons sítios mas na verdade pareceram-me todos um bocadinho o género de restaurantes que têm empregados à porta a angariar clientes.
A Lincoln Avenue, outra rua pedonal, também não me convenceu. Lojas e mais lojas e muitos restaurantes com um ar muito “para turista”. As lojas, essas, misturam-se, entre as de fangaria e as da Gap e da Victoria Secrets.

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Já noite e antes de jantar resolvemos ir conhecer alguns bares da zona e isso vale muitoooooo a pena. Não há volta a dar, os melhores bares e restaurantes em Miami Beach ficam nos melhores hotéis, com decorações sumptuosas, pés direitos de arrasar, jardins belíssimos como o Setai, o SLS, o Delano e o W. Todos eles valem muito a pena uma visita e um copo ou um jantar. No Setai marque no asiático e no W marque no restaurante do jardim.


Como nos tinha sido recomendado, marcámos mesa no Hakkasan, que embora seja um restaurante muito bom e giro fica num hotel que sendo grande demais, já tem uma grande misturada de gente, o Fointanebleau. Um conselho, entre rápido e suba para o restaurante sem olhar muito à volta.

O restaurante vale muito a pena. Mandámos vir de entrada um Dim Sum maravilhoso e como prato uma massa de arroz Singapura que vinha com camarões e vieiras e que estava deliciosa.


Mais uma vez o dia não nos deu fôlego para a noite…. Até amanhã.

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