5 º dia – Miami

E o dia amanheceu fresquinho e um pouco para o nublado. Descartada a praia resolvemos ir dar uma volta pela zona de Coral Gables, considerado um dos bairros mais ricos do país.
Cloral Gables foi projectado por  George Merrick nos anos 20 que queria fazer deste um grande bairro de arquitectura hispânica e italiana.
Para dar alguma cor resolveu criar sete núcleos de vilas internacionais – francesa, chinesa e por aí fora – para dar variedade ao estilo mediterrâneco.  O que resultou num bairro de ar conservador mas pintalgado aqui e ali por algmas bizzarias.

Em geral e para quem conhece a série, faz lembrar bastante o bairro das Donas de Casa Desesperadas, com algumas casas mais sumptuosas. Não se vê vivalma nas ruas e não há lojas, nem restaurantes, bem cafés a não ser na Miracle Mile que acredito que já tenha sido mais “miracle” . Li que tinha lojas muito boas e a única coisa que consegui encontrar foram restaurantes medianos e lojas de vestidos de noiva de gosto duvidoso.

 

 

Mas vale muito a pena dar uma volta de carro pelo bairro, fica-se com uma ideia que realmente uma parte da sociedade americana vive mesmo como se vê nos filmes, com as suas casas com  o alpendre com as cadeiras de baloiço, a tabela de basquete, o relvado imaculado.
São casas onde de certeza se fazem “pies” e as famílias se reúnem para comer perú no dia de Acção de Graças 🙂
Voltando aos néons de Miami Beach, resolvemos ir espreitar o famoso bar- restaurante-clube de praia Nikki Beach. Infelizmente não sei se devido ao tempo fresco ou à hora – era meio da tarde- mas estava às moscas. Mas o espaço está muito giro sem dúvida, em tons de branco, com camas na areia e panos esvoacantes.

 

 

Ao final do dia e por puro acaso, íamos a passar e chamou-nos a atenção  – parámos para beber uma cerveja no Diner, que como o nome indica é um tradicional Diner americano. E o que é um Diner afinal? São aqueles restaurantes tipicamente americanos, que mais parecem uma carruagem, com mesas de fórmica, um balcão corrido com bancos altos e assentos em napa, comida gordurosa e empregadas que invariavelmente trabalham imenso e voltam para casa todas as noites  fartas de serem assediadas pelos clientes e a sonhar com um futuro em Hollywood.

 

 

E é assim este Diner, tirando as empregadas, que neste caso só havia homens. E nada de turistas mas só locais, casais velhos e novos a lambuzarem-se com grandes pratos de hambúrgueres e batatas fritas, cervejas e batidos de litro.
E como em Roma sê romano, lá nos sentámos ao balcão, pedimos duas Budweisers e um prato de “onion rings” ou traduzindo argolas de cebola frita.
Isto de aperitivo, que para jantar resolvemos ir experimentar o Joe Stone Crab, mais do que um restaurante, uma instituição local. Só está aberto de Outubro a Maio, não aceita reservas e as filas são sempre monstras. Caso queira uma mesa vá muitoooooo cedo. Nós fomos por volta das oito da noite e já só arranjámos lugar ao balcão, o que também não calhou nada mal, que o ambiente combina bastante bem com uma cerveja e um petisco. Neste caso o petisco da casa e, como o próprio nome indica, é o caranguejo.

 

 

Há uns anos atrás provei o “crab” americano em Boston e não fiquei fã… Não me soube a nada. Por isso não estava propriamente a bater palminhas no belo do Joe. E não é que fiquei agradavelmente surpreendida? O bicho estava bem bom. Saboroso. E apenas cozido, sem mais artifícios de molhos e afins. Pedimos ainda uns wotouns do mesmo que estavam também muito bons. Parabéns ao Joe que afinal merece a fama que tem 🙂

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