Angkor Wat…

Não há volta a dar, quem quer umas férias para dormir não venha para o Cambodja com o intuito de visitar o Angwor Wat. Por aqui as visitas aconselha-se que comecem pelas 5 da manhã para ter tempo de comprar os bilhetes de entrada – 20 dólares por pessoa por dia-  e conseguir ver o nascer do sol já bem instalado de frente para o templo principal, ali à beira do lago, onde este espelha o seu reflexo.

 

 

Ou então, melhor ainda, driblar a multidão que se aglomera em frente ao dito lago e ir para trás do templo, e ver este com as bonitas cores que o nascer do sol lhe dará.
Mas seja qual for a opção chegar ao Angkor Wat depois das 6h00 da manhã não é de todo boa ideia.

Para além de se perder o nascer do sol, a área é grande, is templos são muitos e quanto mais tarde mais turistada há a passarinhar por ali o que tira grande parte do misticismo da coisa. Além disso o calor, principalmente na época seca, é mais que muito e se se conseguir ficar a visitar o Angkor até ao meio-dia já se é um campeão.

 

 

E agora começando pelo o início: há várias formas de visitar os templos, de bicicleta, de tuk-tuk, de táxi…. O tuk tuk do motorista Srei foi a nossa escolha. Não é tão fresquinho como um táxi com ar condicionado mas permite sentir os cheiros, ouvir os sons, viver o ambiente. Relembro  novamente que área é grande , por onde se espalham dezenas e dezenas de templos de vários tamanhos e feitios, construídos a partir do século XII. Alguns estão bem conservados, outros mais ou menos, outros já foram completamente engolidos pela selva ou destruídos pela fúria dos Kmer Vermelhos que tomaram conta do país durante décadas, proibiram a religião e mataram todos os monges que existiam em territorial nacional.

 

 

Como não é possível ver todos os templos que sobrevireram, aconselha se que para quem faça a visita de um dia se concentre apenas no melhor do melhor.  E foi o que fizemos.  Começámos com o nascer do sol no Angkor Wat, o mais bem conservado de todos e também o maior e o mais impressionante. Seguimos para o Bayon, o mais surreal de todos, onde 216 caras gravadas na pedra parecem estar de olhos fixos em nós.

 

 

 

Continuámos a visita no Angkor Tom, a última grande capital do Império Kmer. Acredita- se que aqui chegaram a viver cerca de 1 milhão de pessoas – quando em Londres a população não ultrapassava os 50 mil habitantes.
O Ta Prohm foi o templo seguinte e sem dúvida um dos mais impressionantes, autêntico cenário de Indiana Jones. Aqui foi a natureza que tomou conta do templo e vê se hoje árvores gigantescas de raízes medonhas a engolirem muros, telhados, paredes. Misterioso, quase grotesco.

 

 

Banteay Kdei é idêntico, no meio da selva, já mais parte desta do que do homem. Quase aterrorizante, esmagador. Sentimo nos pequeninos, frágeis, lado e escuto, o barulho da selva…. Parecem milhares e milhares as cigarras. Respiro fundo e acelero o passo. O sol já vai alto e o calor é intenso. A humidade mais que muita e é já com dificuldade que nos arrastamos até ao último point do dia, a .Sra Srang, outrora a “piscina” real, hoje em dia um lago onde nos dizem ser muito bonito ver o pôr do sol, mas que só nos faz suspirar por uma piscina a sério.
Pegámos no Srei e no seu tuk tuk e despedimo-nos do Angkor Wat. Se gostei? Seria quase herége se dissesse que não. Mas sendo verdadeira acho que está longe da beleza esmagadora dos milhares de templos de Bagan, em Myanmar. Ou da magnitude de Petra, na Jordânia. E pronto podem me atirar pedras, mas é o que eu acho e a mais não sou obrigada.
Para nos restabelecermos da alvorada ainda noite escura e do calor dos ananáses que se faz sentir pelo Cambodja, passamos o resto do dia a jiboar na piscina do hotel, onde até à sombra não conseguimos ficar ilesos a um semi escaldão.

 

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À noite, aproveitando os dois graus a menos, lá nos conseguimos arrastar até ao Sugar Palm, para provar as iguarias da chef Katana que ficou conhecida por ter ensinado alguns truques culinários ao chef inglês Gordon Ramsay.

O restaurante é muito engraçado, numa antiga casa de madeira com a arquitectura tradicional local, pás no tecto, madeiras escuras. Já o prato ficou um bocadinho aquém do esperado. De entrada pedimos uns spring rolls que estavam bons mas nada do outro mundo e de prato principal resolvemos experimentar o Caril Kmer, receita local! que nos veio demasiado gorduroso para o nosso gosto. Uma desilusão.

Mas amanhã há mais….

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