Açores I – Ilha Terceira

Como muitos de vocês já viram pelo Instagram, na semana dos feriados de Junho resolvemos ir até aos Açores. Desta vez a dois. Eram muitos vôos para a pequena bebé e estavámos os dois muito cansados,a  precisar de algum descanso.

Pensávamos que iamos só os dois mas enganámo nos, podemos estar só dois, mas já somos irremediavelmente três e isso não há volta a dar. A pequena bebé está sempre connosco. Durante a noite nos meus sonhos, durante o dia nas nossas conversas e pensamentos. Não foi fácil, confesso, mas também faz parte e daqui para a frente teremos que nos habituar que será assim, às vezes irá connosco, às vezes será melhor ficar. Nem todos os destinos são bons para crianças tão pequenas.

Os Açores era um destino que o F. já conhecia mas eu não. Sempre tive a ideia que era um bocadinho só verde e vacas, com muita chuvinha à mistura. E realmente os Açores são isso. Mas não só isso. Venham daí descobrir estas ilhas.

Começámos pela Ilha Terceira – Angra do Heroismo é sem duvida um cidade lindíssima.Chegámos ao inicio da noite e depois de assentarmos arraiais no Hotel Caracol – recomendo – fomos jantar uma belíssima alcatra de cherne no restaurante Beira Mar no hotel com o mesmo nome. A alcatra é um prato tipico desta ilha e é um tipo de guisado de carne ou de peixe com um tempero único. Maravilhoso. De seguida, approveitando a prmeira noite de soltura 😉 ainda fomos beber um copo à Tasca das Tias, um sitio muito giro, com vários petiscos como lapas, cracas, pica-pau etc

No segundo dia fomos primeiro passear por Angra: Igreja da Conceicão, Jardim Público, Paços do Concelho etc…
 que cidade linda e tão bem conservada.

Ao final da manhã fomos fazer um mergulho. Sempre me tinham dito que o mergulho nos Açores era imperdivel, mas realmente ou tive azar ou sou eu que sou muito exigente: água fria, poucos peixes, só areia e alguma rocha….

Salvou se o almoço no Quebra Mar em São Mateus. Um cantaril grelhado e uma tarte Brasil com coco e uma tarte dona Amélia de figos.

 

De seguida fomos para a festa do Divino Espírito Santo em Vila Nova, na costa Norte da ilha.  Há carros de bois, leilões de galinhas, senhores a distribuir pão e vinho e uma casinha que é o Império onde está o altar ao Espírito Santo. Há fanfarra e comida a rodos. E muita devoção, porque como nos explicam o povo açoriano é um povo sofrido e que se apoia na devoção ao Espírito Santo como quem se agarra a um pai.

 

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Seguimos para Biscoitos, outra vila, como já é final do dia começam a passar por nós carrinhas de caixa aberta com grandes vasilhas cheias de leite. Qual Ucal, qual Mimosa, qual quê, aqui o leite vem directamente da vaquinha e o que não faltam nos Açores são vacas a pastar.

Nos Biscoitos a festa é mais pequena mas tem banda a tocar no meio da rua. Os carros param, ninguém consegue passar, mas também ninguém buzina. Os açorianos têm uma calma que nao existe.

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De Biscoito a Angra são 18 km que atravessam a ilha de Norte a Sul. A estrada é linda, ladeada de hortenses e com campos a perder de vista….
Jantamos no Beira Mar em São Mateus, considerado um dos melhores restaurantes da ilha. É muito simples, mas tem esplanada virada para o porto, umas cracas maravilhosas e um cavaco cozido com um molho de cebola, ovo cozido e colorau a acompanhar. Muito bom.  Bebemos um vinho branco Pérola do Douro muito fresquinho.

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No dia seguinte damos uma volta pela ilha de carro, subimos a serra de Santa Bárbara, o ponto mais alto da ilha mas não se consegue ver nada além de muitos fetos e musgo tal é o nevoeiro.
Como é feriado a maioria dos restaurantes estão fechados – que pena não termos conseguido ir ao Terra Choa, considerado dos melhores  da ilha- , acabamos novamente no Biscoito a almoçar no Pedro. Para entrada um vinho verdelho local, já que Biscoito é conhecido pela produção deste vinho. 
Comemos um boca negra grelhado e provamos um bife de vaca local, que maravilha, desfaz-se.

À tarde vamos até à Praia da Vitória  que fora a rua das lojas e a igreja matriz, datada de 1456, altura em que a ilha começou a ser povoada, não tem grande piada. Já está muito descaracterizada com casas e prédios de diferentes estilos arquitectónicos.
 À noite jantamos em São Sebastião nos Moinhos, considerado um dos melhores restaurantes da ilha. Servem nos uma alcatra de carne acompanhada de pão sovado, maravilhosa. Comemos cracas de entrada.  Sabem tanto a mar ;-)
No dia seguinte logo de manhã apanhamos o voo para o Faial. Uma nova ilha, novas histórias.

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