E vamos lá falar de Berlim, e não de bolas, não senhora, que viajar enche mas é o espirito e tem a vantagem de não engordar 😉
Fomos 4 dias para Berlim com a pequena bebé e um montão de tias e tios. Eu e o F. já conheciamos Berlim, os restantes não. O primeiro dia foi praticamente reservado à viagem e a pouco mais. A pequena bebé portou se que nem uma santa e dormiu grande parte do voo – contra todos os prognósticos – pois não está habituada a dormir ao colo. O pior foi mesmo à chegada. O aeroporto de Berlim parece mais um aeroporto de terceiro mundo do que o de umas principais cidades europeias. Estivémos mais de uma hora à espera das malas e ainda por cima o carrinho da bebé em vez de ser a primeira coisa a porem cá fora, foi mesmo a última. Fantástico serviço. Enquanto isso tive que estar todo o tempo com ela ao colo, com a agravante que só havia três bancos – sim 3, apenas 3 – junto aos tapetes rolantes.
Já um pouco para o muito irritados, lá juntámos as tralhas e apanhámos um táxi para o centro. Ao contrário do que é normal resolvemos desta vez alugar um apartamento em vez de ficar num hotel, caso a bebé precisasse de ir dormir mais cedo e não desse para jantarmos fora todas as noites. O que acabou por não acontecer pois a moçoila resolveu alinhar em tudo o que foi jantarada fora. Aliás resolveu alinhar em tudo e portou se como uma perfeita viajante.
Como ainda não tinhamos almoçado resolvemos começar a viagem por Berlim com uma salada de salsicha num bar perto do apartamento, em pleno Mitte, na Linienstrasse.
Nunca tinha comido uma salada de salsicha, mas que era boa, lá isso era.
De seguida fomos ter com os tios da pequena bebé que tinham chegado umas horas mais cedo e que estavam a ver o muro de Berlim no Memorial do Muro de Berlim.
Nessa noite resolvemos começar por um jantar bem alemão e o restaurante escolhido foi o Altes Europe, que segundo tinha lido, tem uma cozinha alemã genuína. Lá genuina é ela, mas o restaurante embora simpático – mesas corridas de madeira, média luz, candelabros no tecto – tem a música um bocadinho alta de mais e um menu ultra reduzido. Na noite em que fomos só tinha uma sopa de abóbora, um prato de almondegas com salada de batata e uma sobremesa de cheseecake. Tudo mais para o médio do que para o bom.
No dia seguinte começamos o dia descendo para a Unter Linden a avenida principal de Berlim Oriental. Já lá estive na Primavera e como o próprio nome indica, fica linda pejada de tilias. Já dizia Marlene Dietrich: ” Enquanto as tilias continuarem a florir em Unter der Linden, Berlim será sempr Berlim”.
Desta vez não havia tilias a florescer, mas mesmo assim esta avenida mantém sempre a sua imponência. Seguimos a pé para a porta de Bradenburg, o simbolo mais famoso de Berlim. Por aqui já passaram governantes e estadistas, paradas militares e manifestações.
Ao lado o hotel Adlon, réplica do que foi destruído na II Guerra Mundial, continua a ser o melhor hotel de Berlim.
Daqui seguimos para o Reichstag, o edificio do parlamento, que desde que foi intervencionado pelo arquitecto britânico, Norman Foster, tornou se dos edifícios parlamentares mais modernos do mundo e a sua cúpula oferece vistas lindissimas sobre a cidade. É difícil conseguir visitar o edifício, as filas normalmente são mais que muitas e aconselha-se uma reserva (bastante) antecipada.
Daqui fomos para o Memorial ao Holocausto, impressionante, triste, melancólico… parecem caixões e mais caixões, desalinhados, num labirinto sem fim.
Para animar, fomos até Postdamer Platz, que desde a queda do muro se transformou numa cidade dentro da cidade, rodeada de edificios imponentes construídos nos últimos anos. O centro Sony com a sua cúpula é o edificio mais impressionante desta praça. Tem vários cinemas, restaurantes e esplanadas.
(continua amanhã…)
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