Não é para me gabar mas normalmente tenho muita sorte em viagem com o tempo. Se chove é se noite, os dias são na sua maioria com céu azul ou pelo menos mais sol que nuvens. Nunca apanhei grandes tempestades, nem monções e o único furacão que ia apanhando, chegou a Miami um dia depois de ter partido. Só tive tempo de ver todos os preparativos para a sua chegada: tábuas nas janelas, planos de evacuação etc..
Isto para dizer que na primeira noite em Chiang Mai choveram “cats and dogs” como dizem os ingleses. Acordámos debaixo de um dilúvio e debaixo de um dilúvio apanhámos a carrinha que nos foi buscar ao hotel.
Não sou muito de tours e então em grupo ui… mas com pouco tempo e também sem grande entusiasmo e dado o preço convidativo ( uns 12 euros por pessoa) lá embarquei na “aventura”.
Uma manhã inteira a visitar o Doi Suthep, o templo mais importante de Chiang Mai e uma aldeia tribal nas montanhas dos arredores. O templo que é bonito sem duvida perdeu metade da sua piada por não se conseguir ver a vista que tem sobre a cidade. Além disso a chuva era tal que o chão molhado mais parecia um ringue de patinagem. Uma maravilha.
A aldeia tribal mais não era do que um imenso mercado. A vender coisas supostamente feitas pelas mulheres das tribos que normalmente estão vestidas “à tribo” mas naquele dia não estavam, como explicou o guia. Enfim, adoro tours.
Lá voltámos para a cidade a tempo de sermos deixados sozinhos no bairro de Nimman, o bairro trendy de Chiang Mai. E que giro que é. Lojas giras com bom ar, restaurantes todos estilosos, hotéis com bares nos rooftops para os sunsets 😉
Muito giro e diferente do resto da cidade.
Acabamos a almoçar no Khao Soi Nimman um restaurante com um jardim muito simpático onde se comem uns dos melhores kao sois da cidade. Não são bons, são mesmo muito bons.
A não perder.
Depois de almoço e aproveitando a chuva ter feito uma pausa resolvemos ir dar uma volta pelo centro histórico. Muitos tuks tuks, muitas lojas de massagens, agências de viagens, restaurantes de International e thai food, cafés, lojas de smothies, de frutas várias, de manga com arroz ( uma sobremesa local).
Muitos carrinhos de street food a vender espetadas de carne, almôndegas fritas, asas de galinha, noodles vários. E no meio de tudo isto templos e mais templos. Na cidade dos 300 templos.
Um dos mais bonitos é sem duvida o Wat Sprigha. Muito dourado, resplandecente.
Visitamos também o Wat Chiang Man, o mais antigo da cidade e sem duvida o mais místico.
Lá perto fica o mercado de Somphet com poucos turistas, poucas falsificações e mais locais e produtos frescos.
Ao entardecer aproveitamos para conhecer dois bares/ restaurantes à beira rio, o The Old Place e o On The Ping River Front.
É neste último que nos sentamos a beber uma Chang e petiscar uns feijões de soja com sal e pimenta.
Quando saímos já caiu à noite e chuva voltou. Procuramos abrigo no restaurante Mr Kai, um pequeno restaurante no centro histórica. Um ambiente simples e uma ementa recheada de pratos locais. Os empregados são uma simpatia, pedimos um curry verde com legumes e frango, uma couve kale salteada com carne de vaca e um kao soi. Este está bom, mas não chegue aos calcanhares do que comemos ao almoço.
Depois do jantar é tempo de rumar a um novo hotel, o Four Seasons Chiang Mai, uma propriedade fantástica no meio do campo, acerca de 20 km da cidade. Um sítio mágico com campos de arroz, montanhas e lagos, ideal para quem quer combinar a agitação da cidade com o paz do campo.
Em Chiang Mai a maioria dos transportes resumem-se tuk Tuks ou a uma espécie de carrinhas de bombeiros/ ambulâncias que servem como transporte colectivo.
Não há rotas pré definidas, o primeiro passageiro a entrar escolhe o destino, os outros vão se juntando se assim lhes der jeito. Custa cerca de 1 euro por pessoa e normalmente o condutor vai ao volante e no lugar do pendura vai a mulher e os filhos bebés deste. Um pouco sua generis sem duvida 🙂
É numa destas red trucks que fazemos o caminho até ao Four Seasons, como chove e a as carrinhas não têm porta detrás, chegamos lá tipo pintos. Uma chegada triunfal com toda a família a despedir se de nòs, a mãe a amamanentar um dos pequeninos, os estafetas do hotel a ajudarem nos a tirar as malas entre o cerimonioso e o incrédulo.
Apesar da cena e de já ser noite escura ainda conseguimos apreciar o sumptuoso Hall do hotel. Um candeeiro maravilhoso, a arquitectura tradicional tailanadesa, a vista que se prevê de sonho.
Como já é tarde, recolhemos ao quarto, que merece outro “uau”. Muito espaçoso, uma cama enorme, uma casa de banho com zona de closet, uma varanda com uma mesa, cadeiras e um sofá baloiço para dois.
Uma noite estreladas, o coaxar dos sapos, o barulho das cigarras e esta o ambiente composto.
Faltam apenas as estrelas. Vamo nos deitar a rezar que no do seguinte estas apareçam.
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