Pela Croácia parte III – Hvar

E continuando pela Croácia, de Korcula lá fomos nós para Hvar. Apanhámos o ferry boat que parte todos os dias pelas 6 da manhã – glup – e chegámos lá às 7h45. Assim pela fresquinha 😉

Hvar é muito, muito giro. Embora mantenha a traça medieval, há quem compare com Saint Tropez, tal é a profusão de grandes iates e veleiros que por aqui abordam e as pessoas giras que por aqui andam em busca de diversão. Há muitos restaurantes maravilhosos, giros e com boa onda e bares e discotecas com todo o ar de Verão. Tudo isto à beira-mar, com uns ilhas paradisiacas ao fundo, as Pakleni. Lindas, lindas, como só visto e nós vimos.

Foi para lá que fomos, mal deixámos as malas no apartamento  – uma casinha de pedra numa das ruelas de casinhas de pedra de Hvar, quase, quase a parecer o Norte de Portugal mas à beira do Adriático plantado.

a nossa varanda é a primeira debaixo à direita

Para ir para as Pakleni pode se ir de taxi boat ou alugar um pequeno barco a motor. Nao é preciso licença, é só preciso ou experiência ou ouvir bem as instruções do rapaz do aluguer de barcos. A Croácia só é da União Europeia desde Julho deste ano e as leis rigidas e incontornáveis ainda não entraram a toda a força.

Como o F tem carta de marinheiro e já teve vários barcos a motor, resolvemo nos fazer ao mar por conta própria – um barco já com o gasóleo fica cerca de 45 euros por dia.

E lá fomos nós, ele ao leme, eu a apanhar banhos de sol em pose de odalisca.

As Pakleni ficam acerca de uns 20 minutos de Hvar num barco como o nosso com uma potência minima e consistem num grupo de ilhas com dezenas de baías lindas para ancorar e dar uns mergulhos. Algumas têm restaurantezinhos e bares, outras são completamente selvagens. Umas e outras valem muito a pena.

Começámos por parar na de Zdrilca para um primeiro mergulho do dia – que água tão transparente meu Deus – e para um descanso merecido (tinhamos acordado às 5 da manhã) num dos pufs que há no bar da praia.

Seguimos para a Mlini, que fica no meio de rochas e tem um ar muito selvagem. Mais outro mergulho.

De seguida fomos para a Palmizana, que já tem uma grande marina e vários restaurantes e bares de praia. Assentámos arraias por aqui, à sombra das arvóres, entre mergulhos e um almoço opíparo de salada de salmãoe  bruschettas de polvo. Tudo acompanhado com um pão de azeite  maravilhoso. O azeite da Croácia é famoso e não nos restam dúvidas por quê.

Voltámos para a ilha de Hvar ao final da tarde, prontos para uma volta pelo centro histórico e para admirar as vestimentas produzidas das meninas e meninos em modo de férias com estilo. Em Hvar o look não é deixado em mãos alheias, qual hawaiana no pé qual quê.

Pela noite escolhemos para jantar o restaurante Menego, uma tasca local  numa das ruelas do centro histórico  – de tasca só tem o nome – onde se vangloriam de não servir coca cocas nem pizzas, mas apenas petiscos locais. E venham eles.

Foi noite de provarmos o presunto dalmaciano – bom mas bom – e um queijo também muito famoso por estas bandas o Paski Sir um queijo de ovelha de sabor forte como eu gosto. Fica melhor ainda com um fio de azeite. Mais umas azeitonas locais, uns copos de vinho croata e está feita a festa.

Pelas ruelas de Hvar não faltam barzinhos super giros onde beber um copo pós jantar, ou entao ir para a beira -mar para o Carpe Diem, o club dos ricos e giros, armados em celebridades. Mesmo ao lado, para quem gosta de peixe – embora não se compare ao nosso – fica o restaurante Gariful, que dizem ser óptimo para comer peixe grelhado. O preço é condizente com a clientela, que na sua maioria são os donos dos barcos xpto ancorados na marina.

Pela noite dentro para os mais resistentes, há a discoteca Veneranda.

Como não foi o nosso caso, e depois de termos acordado tão cedo, resolvemos recolher aos nossos aposentos, depois de um curto passeio pós-jantar.

No dia seguinte bem cedo, depois de um pequeno almoço no nosso terraço privado com vista para a catedral de Hvar, resolvemos apanhar o autocarro e ir conhecendo a segunda cidade mais importante e a mais antiga da ilha, Stari Grad. Fica a uma meia hora de caminho, por um estrada serpenteante à beira -mar.

Stari Grad tem ar de pequena vila piscatória de ruas estreitas e casinhas de pedra, agora ocupadas com galerias, lojas de artistas locais e pequenos restaurantes com esplanadas apelativas. Tudo isto à beira-mar, como não poderia deixar de ser, com o cenário dos mastros dos veleiros como pano de fundo.

Ainda não tinha referido mas Hvar é muita conhecida também pelos seus campos de alfazema e foi aqui em Stari Grad que provei talvez a melhor limonada que bebi na vida, com alfazema, claro está. No bistro Kod Damira. Recomendo.

Stari Grad dá para ser vista em pouco mais de hora e meia, por isso resolvemos ir almoçar a Milna, num restaurante sobre a praia, onde provámos finalmente uma hvarska gregada, um genéro de caldeirada de peixe, tipica desta ilha. Eu que não sou especialmente fã de caldeirada, posso dizer que adorei.

De tarde, resolvemos ir descansar para o Hula Hula, um bar no centro de Hvar, a beira das rochas, onde não faltam espreguiçadeiras e escadinhas para descer até ao mar. Tem também fama de ser o melhor sitio para ver o pôr-do-sol, em toda a ilha. Tivemos a azar com uma nuvenzita, mas já ninguém nos tirou uma tarde maravilhosa de molho no mar Adriático.

Despedimo nos de Hvar com um jantar no restaurante Luviji, que serve tapas locais no andar debaixo e pratos mais compostos em cima, no terraço com vista sobre a cidade antiga. Um sitio muito cool e com petiscos de chorar por mais.

E Zadar aí vamos nós….