Dormir no coração da história de Berlim
É um dos hotéis mais históricos do mundo. Situado logo ao lado da Porta de Bradenburgo, no centro de Berlim, o Adlon passou por duas Guerras Mundiais e um incêndio. 101 anos depois da primeira inauguração continua a ser uma passarelle de monarcas, políticos, aristocratas e estrelas.
“Quem não conhece o Hotel Adlon, não conhece a Alemanha”, disse um dia o sétimo marajá de Patiala, príncipe indiano. Estava-se então em 1907 e o Adlon já era então um dos hotéis mais luxuosos do mundo. Inaugurado em Outubro desse ano com uma festa onde foi servido um menu de 74 pratos e onde esteve presente o imperador Frederico Guilherme 2º, este hotel impôs-se logo como uma das moradas mais exclusivas de Berlim.
Localizado a poucos metros da Porta de Bradenburgo, na principal avenida da capital alemã, Unter der Linden, ainda hoje o Adlon é considerado o salão de recepção não oficial do governo alemão.
Para trás ficaram duas Guerras Mundiais, muitos bombardeamentos e um incêndio causado por soldados russos que se esqueceram de uma beata acesa na adega. Durante a divisão da Alemanha, o Adlon ficou a pertencer à República Democrática e uma das suas alas funcionou como albergue para estudantes. Demolido em 1984, só foi reinaugurado na década de 90, depois da queda do Muro de Berlim. A reconstrução seguiu umas linhas praticamente fieis ao edifício original.
Hoje este hotel histórico, por onde já passaram figuras como Obama, Bush, Vladimir Putin, Henry Ford, Thomas Mann, Einstein, Marlene Dietrich entre muitos outros, conta com com 304 quartos e 78 suites, um spa, uma piscina.
Grandes escadarias em mármore, elevadores arte deco, poltronas em tecido dourado, móveis de mogno e cerejeira, casas de banho em mármore e granito preto e serviços de jantar em porcelana e prata de lei marcam a decoração a sua decoração interior.
Para hóspedes e não hóspedes, o Adlon dispõe de seis restaurantes, um dos quais o Lorenz Adlon, premiado com uma estrela Michelin e 17 pontos Gault Millau. Tem ainda um bar especializado em cocktails de estilo japonês e uma discoteca, a Felix, que é considerada um dos locais nocturnos mais “trendies” de Berlim. Não perder as noites de Quinta-Feira.
Quarto duplo a partir de 490 euros por noite.
Catarina Serra Lopes
Como ir
A Swissair voa regularmente de Lisboa para Berlim com tarifas à volta dos 200 euros.
Onde comer
No Lutter and Wegner, junto à Gendarmenmarkt, uma das praças mais bonitas da cidade. Prove o “Wiener Schnitzel”, tem fama de ser o melhor de Berlim. Preço médio por pessoa: 30 euros.
Pela noite dentro
Não perca o Newton Bar. As paredes são forradas a fotos de mulheres nuas do conceituado fotografo Helmut Newton. Prove os mojitos.
As melhores compras
Para os adeptos da alta costura nada como as lojas da Friedrichstrasse. Se prefere boutiques de designers alternativos, então rume às pequenas lojas do bairro de Prenzlauer Berg.
A não perder
O Judisches Museum. Para além de ser uma obra fantástica do arquitecto Daniel Libeskind, tem uma exposição muito boa sobre toda a história germano-judaica ao longo dos séculos.
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