E de Verona arrancamos para a zona dos lagos. Sempre tinha ouvido dizer maravilhas, mas mesmo assim está região surpreendeu me imenso. É linda, mas linda. Já compreendo o George Clooney e os outros meninos que têm lá casa. Inspirada por eles resolvi que não iríamos ficar num hotel, mas sim numa casa. Fui ao site do Airbnb e aluguei a casa da Rosa que para além de ficar super situada, mesmo à beira do Lago di Como é muito gira. Antiga, de dois pisos, soalho de madeira, tectos altos, patiozinho com jardim e mesa cá fora para tomar o pequeno almoço, sala, cozinha, dois quartos. Como bonus tem sítio para arrumar o carro perto e uma dona hiper simpática, a Rosa, que nos recebeu com um sorriso aberto, uma garrafa de vinho tinto, uma despensa cheia de básicos – chá, leite, biscoitos, massa, atum, molho de tomate, bolo e café – e um berço lindo para a pequena bebê. Querida, ainda presenteou a Francisca no dia seguinte com um babete lindo.
E foi giro ficar numa casa, para variar dos hotéis, deu para cozinhar – e o que eu gosto de andar a bisbilhotar os produtos locais nos supermercados e mercados- ficar a noite a comer petiscos, a beber vinho e a ver o jogo da selecção, calmamente com o beicinho aos nossos pés. Fazer uns pequenos almoços caseiros e aproveitar para desfrutar de uma experiência diferente. Além disso, os restaurantes no Lago di Como não são propriamente baratos e à noite não têm a piada que têm durante o dia pois não se vê o lago na escuridão. Mas voltando aos lagos em si, a nossa primeira paragem foi no Lago di Garda que é o mais desportivo dos lagos italianos. Aqui se faz wind surf, parapente, kite surf, escalada etc… Foi também aqui o último sítio onde Mussolini viveu. Simione, a península que fica situada na ponta do lago é a estrela da região. Para se entrar nesta localidade tem que se passar pelas pontes levadiças de um castelo medieval. Depois são ruas e pracetas cheias de lojinhas, restaurantes, esplanadas, gelatarias, tudo com um ar muito giro. Há também alguns pequenos hotéis com piscinas nas margens do lago. Adorei Sirmione, ainda por cima apanhamos um dia lindo de sol.
Já a meio da tarde rumamos ao Lago di Como a umas duas horas de carro. Chegamos já ao final do dia e só no dia seguinte conseguimos aproveitar para passear então pela zona. Uma óptima forma de passear pelo Lago é comprar um bilhete diário do ferry, partir em Como é ir parando nas várias vilas ao longo do lago. Há umas que interessam mais do que outras, por isso para quem tenha pouco tempo como nós – só la ficamos dois dias- os “points” imperdiveis são a vila de Bellagio, Varenna e a villa Carlotta em Tremezzo. Esta ultima é uma das villas mais sumptuosas do lago e ao contrário da maioria, está aberta ao público. Tem uns jardins lindos, muitas obras de arte no seu interior e dá uma óptima ideia como por aqui se viveu em tempos idos e porque é que este lago inspirou compositores como Verdi e Bellini e escritores como Lord Byron.
Belllagio foi o nosso primeiro ponto de paragem, é a seguir a Como a localidade mais popular nas margens do lago e para além de ter a bonita villa serbelloni, hoje em dia um hotel, tem também uma série de ruelas medievais, cheias de restaurantes, boutiques e lojinhas gourmet. Bellagio emana um charme de princípio do século XX e apesar de normalmente estar pejado de turistas ainda mantêm bastante glamour. No primeiro dia foi aqui que almoçamos, no restaurante Barchetta, numa das ruelas do centro. É considerado um dos melhores restaurantes locais, com receitas simples mas bem preparadas e com um ambiente simpático. Pedimos uma salada caprese e uma pizza de salpicão picante e não desiludiu.
No dia seguinte, começamos por uma subida aos cumes de Como, pelo funicular de Brunate, em Como. A vista é bonita embora seja melhor durante a subida, do que propriamente no topo, onde aparece um bocado tapada pelas copas de algumas árvores. Lá em baixo em Como, vale a pena espreitar o Duomo, uma catedral fantástica, que começou a ser construída em 1396.
De seguida arrancamos para Varenna que foi sem dúvida a localidade que mais gostei no Lago di Como. Porque tem um ar bestialmente giro, com restaurantes e esplanadas mesmo a beira da água, com um óptimo ambiente e comida simples mas boa. Porque tem pessoas com bom ar e um passeio a beira do lago muito giro para um passeio pôs almoço. Porque como fica numa das margens da zona Norte tem uma vista linda, com as montanhas todas a volta com os picos ainda nevados ( pelos menos em Maio ainda assim estAvam embora tivesse já um calor dos ananases.)
Almoçamos uma pizza com presunto e rúcula e uma salada de atum e estava se tão, mas tão bem que quase fomos arrastados de Varenna à força. Não me recordo o nome do restaurante mas também não interessa, é só seguir o passadiço junto à água e escolher um dos restaurantes, são todos giros, bons e com uns preços simpáticos.
Varenna é também um bom sítio para ficar alojado, pois tal como Como e Bellagio tem ligações para todos os sítios à volta do lago.
E pronto, por aqui partimos rumo a Milão, last stop.
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