O novo Park de Lisboa

Muito mais do que um terraço-bar

“Podia ser mais um terraço bar em Lisboa. Mas é, inevitavelmente, muito mais do que isso.” Assim se define o conceito deste novo espaço, aberto há pouco mais de uma semana no centro histórico de Lisboa, a dois passos do Chiado, empoleirado no alto do silo automóvel da Calçada do Combro. 500 m2 a céu aberto, transformados num jardim suspenso, onde não falta uma vista deslumbrante sobre o casario até ao Tejo. Mobiliário de madeira, sofás e candeeiros retro e muita e muita vegetação conferem um toque peculiar ao ambiente. Os jogos de luzes que dão lugar ao sol mal a noite cai, são a pincelada final, compondo o espaço de cantos e recantos, ideal para encontros intimistas.

Para dar ainda mais colorido ao espaço, a maioria do público que tem acorrido à chamada, é bonito, trendy, com um ar cosmopolita. O público ideal para posar em qualquer foto de final de tarde de Verão com um cocktail na mão. Podia ser quase um anúncio publicitário à boa vida, à cidade de Lisboa.

Como música de fundo, por aqui reina o jazz, o soul, o funk, pela mão do DJ Tiago Santos da Rádio Oxigénio. Uma presença que será praticamente diária, não fosse a parte cultural e musical “uma forte aposta do Park”, segundo afirma Pedro Garcia, um dos proprietários.

“A ideia não era só fazer um jardim suspenso com uma boa vista mas acima de tudo um bar com uma forte componente cultural e musical, daí termos ido buscar um bom DJ para ser nosso residente”, explica.

Periódicamente, o Park terá também dias/noites temáticas, como por exemplo, o “Domingo no Parque”, dedicado aos trópicos, onde não faltará a bossa nova; o “Mash Up”, virado para o groove, com um pézinho a fugir para a dança; o “Bang Bang” aos Sábados, com muito soul, northern soul, latin soul, mood jazz e rock n’roll para se dançar como no tempo das jukeboxes; o “Jazz no Parque”, dedicado como o próprio nome indica às estrelas e aos novos talentos do jazz, com direito a música ao vivo.

A partir de Setembro, se tudo corer como o planeado, o Park vai passar também a ser palco de noites de cinema, com o nome de “Room Film Fest”, que contará com a participação de várias personalidades desta área.

“Porque acima de tudo queremos fazer coisas bonitas, coisas boas”, como salienta Ricardo Fonseca, outro dos proprietários do espaço. E acrescenta: “Queremos que este seja um bar reconhecido em termos musicais e culturais como um projecto único no centro de Lisboa, e acima de tudo um sítio onde as pessoas sejam felizes, sem constragimentos, num ambiente cool, descontraído.”

Para acompanhar a música, as bebidas geladas e um pôr-do-sol de cair para o lado, há ainda uma carta de hambúrgueres. “Não queremos que o Park seja um restaurante, mas também não queremos que as pessoas venham beber um copo e tenham que se ir embora porque estão com fome”, explica Ricardo Fonseca.

Daí a ideia de ter alguns snacks, de preferência “caseiros”, como Pedro Garcia apelida os hamburgueres do Park. E a verdade é que só pela descrição, dá vontade de experimentar todos. Do hamburguer de carne de porco alentejana, com tomate, ovo estrelado, bacon, rúcula, cebola e maionese (6.50€), ao hamburguer de vaca barrosã com ovo a cavalo (7.50€), ou com espinafres frescos e cogumelos (750€), passando pelo hamburguer de frango de caril (6.00€). E como a criativiade não tem limites, no Park pode ainda provar um hamburguer de bacalhau (7.50€), ou um hamburguer de atum fresco com tomate, cebola e rúcula (7.00€).

Para as almas mais gulosas, o menú tem ainda duas sobremesas: arroz doce (2.50€) e bolo de chocolate (2.50€).

Para já o Park estará aberto apenas até às 2h00. “Queremos manter um serviço de qualidade e a verdade é que a partir dessa hora a qualidade tanto exigida como prestada tende a baixar sempre um bocadinho” afirma Ricardo Fonseca.

E se assim é, o melhor é que por aqui se fique. E que venham mais dias e mais noites e mais finais de tarde e mais cocktails refrescantes. E mais hamburgueres suculentos. Lisboa está mais rica, está mais bonita. E a este Park também lhe o deve.