Resolvemos ir de Varsóvia a Cracóvia de comboio. Há vários comboios por dia, a viagem dura cerca de 3h30 e o bilhete custa uns 20 euros por pessoa. A paisagem, essa, digamos que não é dos mais interessante que já vi. Campos e mais campos, casinhas com um ar muito simples a denunciar vidas dedicadas à agricultura, humildes e de muito trabalho.
Um conselho para quem resolver fazer esta viagem de comboio: vá de bikini que o aquecimento é posto no máximo…. Quase ao ponto de uma pessoa se sentir febril.
Além disso, se a viagem for à hora de refeições, leve farnel, que o bar do comboio para além de estar permanentemente à pinha, só tem menu em polaco e apanhar uma empregada que fale inglês parece-me a mim que deve ser uma tarefa inglória, ou então fui mesmo eu que tive azar.
Chegados a Cracóvia pelas 16h00, já com o cair da noite, a primeira impressão é que esta parece ser uma cidade com muito mais vida que Varsóvia. As ruas estão cheias de gente, apesar do frio e da chuva miudinha, vêem-se muitos turistas, muitas lojas, muitos restaurantes, muitos barezinhos, muitos cafés. E muitosssss monumentos também, pelo menos na Old Town, o centro histórico para onde nos dirigimos mal largamos as malas no apartamento – aqui resolvemos ficar num apartamento no centro, junto à estação.
Entramos na zona história pela Florian Gate e seguimos pela rua fora até à praça central que é, nem mais nem menos, a maior praça medieval da Europa. E além de maior, é muito, muito bonita.
Seguimos depois pela rua Bracka, onde porta sim, porta sim há restaurantes e cafezinhos com um ar do mais apetitoso possível. Têm cores quentes, velas, luzes baixas e quase que cheira a Natal. Entramos no Nowa Prowincja,um café-bar todo em madeira antiga, com cada cadeira de sua nação, salas e salinhas e uma pequena mezanine onde ainda cabem duas ou três mesas. Há quem beba chás em bules anafados, capuchinos e cafés “lattes”, há quem esteja sentado sozinho numa mesa a desenhar, casais de namorados, grupos de amigos a petiscar fatias de bolo com ar de revista.
Pedimos vinho tinto e húmus para acompanhar… Vem com pouco condimento mas acompanhado de legumes para lambuzar… E como eu gosto de palitos de vegetais frescos com húmus…. Faz me lembrar Israel, faz me lembrar a minha casa e jantares de amigos em Verões quentes…
Mas continuando por Cracóvia, nessa primeira noite resolvemos ir jantar ao restaurante Pod Barenem, referenciado em vários sítios como dos melhores restaurantes da cidade para comer comida local. O restaurante em si é tipicamente clássico, com madeiras escuras e pinturas a óleo e tem uma clientela um bocadito a atirar para o sénior, embora também se vejam alguns casalinhos em jantar romântico – as mesas têm velinhas altas e tudo – e grupos de amigas nos trintas.
Resolvemos experimentar várias especialidades, por isso pedimos três entradas e um prato principal. De entrada escolhemos o tártaro de salmão que estava divinal, um misto de peixes fumados que embora só tivesse 2 tipos de peixe, estava bastante agradável e uma sopa de dobrada que não tinha o nosso feijão mas sim um caldo espesso e apurado que segundo o F. – eu não provei- estava boa mas não fantástica.
Como prato principal dividimos um cabrito em molho sabe se lá de quê, que estava muito bom.
Pena terem-se esquecido da salada que tinha pedido como acompanhamento….
Para digerir o jantar resolvemos ainda ir conhecer um bocadinho da noite de Cracóvia – que dizem ser bem animada- e lá rumámos até ao Wodka Bar que nos tinha sido indicado por um amigo.
Que sítio giro, mínimo, com duas mesas em baixo e duas em cima, um pequeno balcão, mas com espaço suficiente para albergar mais de 100 variedades diferentes de vodka.
Não tenho grande queda para bebidas brancas, mas o F experimentou a vodka com pimenta e ficou deliciado. As vodkas são servidas em copos de shot e pode pedir a selecção da casa e provar logo várias, escolhidas pelo barman.
E assim acabámos este primeiro dia por terras de Cracóvia, amanhã há mais 😉
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