Chegamos a Santiago de Atitlán , a ” capital do lago” debaixo do calor tórrido do meio do dia e a minha primeira impressão é que infelizmente esta paragem foi um grande “erro de casting”.
Nada é apelativo nesta terra. Pela encosta acima um casario de cimento, sem pintura praticamente nenhuma, num contraste tão grande com a imagem de marca dos guatemaltecos que até as campas dos cemitérios pintam de cores garridas.
Uma rua principal íngreme como o Evereste, com bancas de um lado e do outro, todas a venderem mais do mesmo, um ou outro restaurante, sem nada de novo a apontar, um trânsito caótico.
O sol está forte demais, as compras não são de todo “a minha praia”, ainda pergunto meia dúzia de preços, mas os valores elevados não me permitem sequer partir para o regateio, que aqui é lei nacional. Qualquer coisa que nos digam que custa 30 é para que ofereçamos 10, para que acabe por ser vendida por 12.
Cansados e com a hora de almoço a aproximar-se, entramos no restaurante El Gran Sol, a conselho do Lonely Planet que apenas referencia 3 restaurantes em Santiago e nenhum sem especiais elogios.
O terraço é agradável com toalhas de cores garridas, mas o dono para nossa desilusão começa logo por nos dizer que não vendem cerveja, nem nenhuma outra bebida alcoólica pois mataram duas pessoas naquele bairro há pouco tempo e o álcool foi proibido.
Contrafeitos lá pedimos uma garrafa de água. Mais tarde, o proprietário do El Gran Sol acabou por confessar que afinal não vende álcool desde 1978… Sabe se lá porquê.(???)
Pedimos uma salada de frango e um prato “local” : bife com arroz e feijão. A salada vem sem frango e ainda fazem um ar espantado quando faço o reparo. “Mas quer? Podemos trazer.”O prato local, bem, esse…. Não merece sequer que eu esteja a gastar para aqui o meu latim.
Acabamos o almoço a tempo de apanhar a nossa lancha de volta para Panajachel.
Um dia em bom, um dia feliz que acabou com uma volta pela vila, um copo ao por do sol no Sunset Cafe – que o bom filho a casa torna ;-).
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