Veneza… que saudades

Há 5 anos estava por aqui e… estava tão bem:

“Pelas pontes de Veneza

“Novas, velhas, grandes pequenas, com história, com tradição, com carisma. A cidade dos canais tem pontes para todos os gostos. Entre as 416 há algumas a não perder. Conhecê-las é conhecer a cidade.”

Não há dúvida, falar de Veneza é falar de canais. E de pontes. E da Ponte dos Suspiros, entre todas a mais famosa. Estrutura barroca do inicio do século XVII, fica junto à Praça de São Marcos. Era por esta ponte que outrora os presos passavam do Palácio dos Doges para a prisão adjacente. O seu nome deve –se à lenda que diz que os prisioneiros suspiravam quando por ela passavam e viam pela última vez o céu e o mar.

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Muito famosa também é a Ponte de Rialto. Construída em 1588 depois da anterior ter caído sob o peso de uma multidão que assistia a um desfile náutico é a mais antiga ponte sobre o Grande canal. Foi durante muito tempo a única ligação entre as duas margens.

 

A poucas ruas de distância fica a Ponte de la Tete, ou melhor, a Ponte dos Seios. Diz a história que era nas janelas em redor desta ponte que as prostitutas mostravam o peito a quem passava na tentativa de arranjar clientes.

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Perto da Piazzale Roma, descobre-se uma das pontes mais originais da cidade. Tem o nome de Tre Ponti, mas não tem três pontes, mas sim cinco, todas entrelaçadas. Do cimo da suas estruturas, em pedra e madeira consegue-se avistar outros 13 pontes.

Inaugurada em 2008, a “Ponte della Costituizione”, foi a última a ser inaugurada em Veneza. Da autoria de Calatrava, é toda feita de metal, pedra e vidro. O seu estilo moderno foi alvo de muitas criticas. Há quem diga que não tem nada haver com o contexto da cidade.

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Totalmente enquadrada na arquitectura veneziana está a Ponte da Academia. Inaugurada em 1854 foi desenhada para ser em pedra, mas foi construída em madeira. É uma das quatro pontes que atravessam o Grande Canal. Outra delas é a Ponte degli Scalzi. Longa e elegante, é ladeada de bonitos palácios.

Sem vista mas com muita história vale a pena passar pela pequena Ponte dei Pugni (Ponte dos Socos). Em 1705 foi aqui que se realizaram várias lutes entre clãs rivais que acabavam invariavelmente com os mais fracos a serem atirados ao canal. Ainda hoje se conseguem ver as pegadas na pedra que marcavam o local de inicio do combate.

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Catarina Serra Lopes

Como ir

A Ibéria voa regularmente de Lisboa para Veneza com tarifas à volta dos 220 euros.

Onde ficar

No Ca Maria Adele. Fica em Dorsuduro, mesmo à beira do Grande Canal. Tem 12 quartos apenas, cada um decorado de uma forma única. Duplo a partir de 180 euros.

Onde comer

Na Antica Birraria La Corte. As pizzas são óptimas e têm o nome das pontes da cidade. Este restaurante foi em tempos uma fábrica de cervejaria. Preço médio por refeição: 20 euros.

A não perder

Uma subida ao Campanile, antiga torre de vigia e salão de tortura, na Praça de São Marcos. O elevador vai até ao cimo da torre que tem 98,5 metros de altura. As vistas sobre a cidade são únicas.

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Ao final da tarde

Sente-se na esplanada do Caffé Florian na Praça de São Marcos e beba um copo de Prosecco – vinho branco, seco, gasoso – ao som do piano. O Caffé Florian tem fama de ter sido o primeiro café da Europa.

 

 

 

 

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