Vietname: 2º dia em Saigão

No segundo dia em Saigão como o calor era mais que muito, escolhemos para almoçar o restaurante que nos disseram ter a melhor “street food” da cidade a par de um jardim pejado de ventoinhas.

 

 

Experimentámos vários pratos locais, como o crepe vietnamita, uma herança dos franceses com um toque local – a farinha leva leite de coco e o recheio são pequenos camarões e rebentos de soja e come- se enrolado em folhas de vegetais  ultra aromáticos.

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Provámos também os rolls, outro prático típico que consiste nuns rolinhos de massa de arroz, que nos próprios recheamos com salada, pepino, camarões ou farias de carne de porco e molhamos num molho de fish sauce, açúcar e chilli. Muito bom. Aliás como tudo o que temos comido por estas bandas.

 

Já ao jantar resolvemos ir experimentar um dos sítios sugeridos pelo Anthony Bourdain no seu “No Reservations” e demos por nós num bairro onde não se vê um único ocidental – o que eu particularmente adoro.
O restaurante chama-se Quan Oc e fica na rua  Nguyen Thuong Hien, onde só se vêem pequenas marisqueiras com mini esplanadas com mini bancos e mesinhas, alinhados pelas ruas estreitas. Nas bancas o marisco ainda vivo. Ao lado de cada mesa um grande balde de gelo. Os vietnamitas adoram beber cerveja em canecas carregadas de pedras de gelo.

 

 

Sentámo nos na mini esplanada à beira da estrada onde o corrupio de motos era incessante – nada que impedisse os empregados do restaurante de andarem para cá e para lá da rua com pratos e travessas, pois para complicar a esplanada estende-se pelos dois passeios.

Pedimos uma travessa de Morning Glory – salteados com muito alho e polvilhados de cebola frita – e uma dose de camarões grelhados que vieram acompanhados do molho de lima, sal, pimenta preta e malaguetas finamente fatiadas. De lamber os dedos.
No fim resolvemos seguir pela rua a pé e foi uma óptima ideia… Com o calor que faz nesta cidade os locais vivem de portas abertas, o andar térreo normalmente serve de posto de venda durante o dia e à noite de garagem para a mota e de sala de estar, onde se deitam no chão a ver televisão. De portadas abertas para a rua 🙂
Terminámos o nosso passeio na rotunda da Cach Mang Thang Tham, onde os neons dos restaurantes, dos bares e dos anúncios são tantos que quase parece uma mini Times Square.
Seguimos depois pela Ly Tu Trong, onde porta sim porta sim há um restaurante ou um bar pejado de gente.

 

 

Aliás em Saigão parece que está sempre tudo em actividade e tudo cheio de gente. Há estabelecimentos que fazem dois turnos, com duas equipas diferentes e dois negócios distintos:  durante o dia vendem roupa e à noite transformam se em restaurante ou durante o dia vendem sumos de fruta e tabaco e à noite petiscos, etc…

Como nos explica a Anne, guia local, Saigão tem uma população muito grande, muito jovem que gosta muito de sair! de conviver.
Anne é a guia de 22 anos que nos leva no dia seguinte a dar um passeio pelo rio Mekong, o maior rio do  Sudoeste Asiático e que passa pelo Laos, Tailândia, Cambodja e Vietname.

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A ideia é visitarmos algumas aldeias locais e passearmos um bocado de barco pelo Delta do Mekong. A paisagem é linda, com muita vegetação, e mesmo o caminho de Hoi Chi Minh até My Tho onde apanhamos o bravo, vale muito a pena. Campos de arroz a perder de vista, tudo muito verde, tão diferente das cidades.
A água do Mekong é do mais barrenta possível e faz um bocadinho de impressão pensar que grande parte da população local sobrevive da pesca.

 

O passeio fica um bocadinho aquém do esperado – ouvimos música local, visitamos uma quinta de mel de abelha e uma pequena fábrica de doces de coco, provamos frutas locais – que bom que é a Jack Fruit e o Kiwi Vietnamita e acabamos a almoçar – aquilo que eu temia – peixe local frito. Posso dizer apenas que sobrevivi.

Durante o dia deu para ver como é que vive a população do delta do Mekong, a zona mais densamente povoada do Sudoeste Asiático e a verdade é que as condições ainda são muitoooooo mazinhas, numa economia totalmente de sobrevivência.
De regresso à cidade, resolvemos ir ao final do dia dar um giro no bairro Pham Ngu Lao Area, que tem o cognome de “Backpacker Distric” tal é profusão de guests houses baratuchas e restaurantes e bares a oferecerem refeições e canecas de bebidas várias por meia dúzia de tostões.

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O ambiente tem alguma piada mas tem demasiados ocidentais para o meu gosto. Acabamos mesmo assim por conseguir assentar arraiais na única esplanada que vimos com locais e ainda nos deliciamos com uns camarões grelhados polvilhados de alho e flocos de chilli e temperados com sumo de lima – que maravilha.

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Para encerrar Saigão com chave de ouro resolvemos deixar para trás o medo de uma dor de barriga e fomos experimentar o Hot Pot – fondue vietnamita de vegetais, carne, marisco e especiarias várias – ao botequim  Bac Hien  .

Uma experiência única  – a meio a polícia chegou e os empregados tiveram que correr a levar a nossa mesa do meio da rua para uma sala nos fundos – mas que valeu muito a pena. Tanto pelo ambiente peculiar como pelo maravilhoso Hot Pot que o melhor que pode ser descrito é como uma autêntica explosões de sabores.

 

 

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