Vietname: 2º dia – Hanoi

Já vos disse que sou uma grande fã do programa “No Reservations” do Anthony Bourdain?
Pois bem, neste segundo dia em Hanoi o que fiz foi seguir os passos deste – com algumas inovações fruto das minhas pesquisas- e passar o dia a conhecer os melhores ” food spots” da cidade.

Há muito que oiço que a vietnamita é uma das melhores cozinhas de todo o mundo e que não há melhor maneira de prová-a do que na chamada “street food”, o que é mais ou menos comida rápida que se fosse no ocidente seria servida numa roulotte ou numa banquinha. Aqui a “street food” é servida em pequenos restaurantes- que muitas vezes não passam de um corredor com meia dúzia de mesas e bancos pequeninos, um fogareiro à porta com um wook em cima ou um grelhador.

Os pratos e panelas são normalmente lavados em alguidares também no meio da rua por uma empregada invariavelmente de cócoras… A posição preferida dos locais, segundo concluí.

Cada um destes “restaurantes” serve apenas uma especialidade, não se pense que é “eu quero peixe, já ele prefere carne”.

Se fecharmos um bocadinho os olhos à questão de higiene – e já agora fizermos algumas figas e uma reza ou outra- e não nos preocuparmos muito em saber ao pormenor todos os ingredientes que nos vão pôr no prato, pode ter a certeza que são refeições únicas, diferentes, cheias de sabores exóticos e aromas irresistíveis.

Começámos o nosso périplo pelo Bun Bo Nam Bo, um mini restaurante com mesas e bancos corridas cuja especialidade é o um prato com o mesmo nome e que consiste em noodles com pequenas tiras de carne de vaca, erva príncipe, cebola frita, rebentos de soja, massa vermicelli, coentros, hortelã e afins…muitos afins, tudo junto num resultado maravilhoso.

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De seguida e depois de uma volta pelo centro histórico resolvemos ir experimentar o Xoi Yen que apesar de continuar com o ar de restaurante de “street food” já ganhou tal reputação que os empregados já vestem todos pólos com o nome do espaço. Enquanto comiamos, numa das três mini mesas que o restaurante tem, dois empregados contavam molhos de notas na mesa atrás de nós ;-).

No Xoi Yen a especialidade é uma tigela de arroz glutinoso, com vários “toppings” à escolha – fígado de pato, tiras de porco assado, salsicha doce asiática, tiras de frango, ovos de ganso estrelados etc,..
Nós escolhemos a combinação mais tradicional e resultou muito bem: arroz com frango, ovo estrelado e cebola tostada. Tudo bem misturado e salpicado com umas gotas de molho picante. Para mim para ficou delicioso, para o F.  podia ter ficado melhor.
Para o desempate e depois de mais uma volta a pé pelo centro histórico – no qual ainda estou para adivinhar como é que conseguimos não ser atropelados- resolvemos passar pelo Pho que segundo o belo do Anthony tem o melhor Pho Bo, o prato típico vietnamita , de toda a cidade

Mas há limites e o meu foi atingido logo à entrada do local – perdoa me Tony- quando me deparei com uns bocados de carnes indecifráveis, penduradas, cheias de gordura a pingar para um cartão no chão.

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Um tanto ou quanto desolada por não conseguir provar o Pho Bon- que apesar de tudo passou por mim em tigelas fumegantes com um óptimo ar- , resolvi encerrar o meu périplo pela “street food” em Hanoi com uma passagem pelo Bun Cha Nem Cua Be Da Kim, cuja especialidade é aquilo que dizem ser a especialidade de Hanoi: espetadas de carne de porco – Bun cha.

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Neste caso, estas vem já retiradas dos pauzinhos e mergulhados num molho indecifrável. Para acompanhar muitos noodles de arroz e uma pratada imensa de vegetais. Supostamente tudo para ser misturado na tigela e regado com um bocadinho do molho da carne. O resultado é muito bom.

E assim terminámos o nosso segundo dia em Hanoi

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