Vietname: 3º dia… Hanoi – curso de cozinha

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A vida surpreende-nos, troca-nos as voltas e temos que estar preparados para os imprevistos. Por isso no dia em que íamos supostamente para Halong Bay, vimo-nos forçados a ficar por Hanoi. Halong fica para uma próxima oportunidade e como não há que desperdiçar tempo, resolvemos aproveitar então este dia extra na cidade para fazer um curso de culinária. A marcação foi feita no restaurante Highaway 4, por sinal um sítio bem giro para jantar- e o curso foi dado pela escola Cyclo Cooking.

 


Foi uma manhã super bem passada que começou logo as nove da manhã com o Pham a ir- nos buscar ao hotel para um passeio de rick shaw pela cidade.
E a verdade é que num passeio destes salta-nos À vista muito mais pormenores do que quando andamos a pé.

 


Uma hora depois chegamos ao mercado do sul de Hanoi onde Pahm nos fez uma visita guiada através das bancas dos frutos e vegetais exóticos e , das bancas de peixes vários – onde não faltavam também tartarugas  e uma senhora sentada no chão a decapitar rãs vivas.

 


Foi aqui que Pahm  nos revelou também como a carne de cão é saborosa – sim os vietnamitas comem cão, principalmente nos últimos dias  do mês, altura em que acreditam que se o fizerem, isto lhes dará sorte para o mês seguinte…. Nhlerc…
Depois da visita ao mercado foi  altura de rumármos até junto do lago,  onde fomos recebidos pelo chef num último andar com um belíssima vista.
A ideia era  aprender a cozinhar quatro pratos de cozinha vietnamita e almoçar o belo feito.
E assim foi, sob as directrizes do chef e com a ajuda preciosa  do Pham que traduziu toda a aula – acompanhado pelo Glenn Medeiros como música de fundo, o que garanto não é tarefa fácil 😉

 

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Começámos por aprender a fazer spring roll vietnamitas, recheados de cebola, cenoura, carne de porco picada, cogumelos e afins… Ficaram maravilhosos. Seguíram- se uns rolinhos de carne de vaca temperados com uma pasta de malagueta, alho, erva príncipe e gengibre e recheados com palitos de cornichons, cenoura e pimento encarnado. A repetir em breve, ficam lindos e hiper saborosos.

 

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Terminámos com um arroz frito com bocadinhos de frango, camarões, milho, cogumelos, molho de soja, molho de peixe e coentros. E para sobremesa o prato menos bem conseguido – sementes de lotus com líchias numa calda de açúcar e farinha de tapioca- , pelo menos para mim que não sou grande apreciadora de doces e ainda por cima os asiáticos adoram exagerar no açúcar.
Foi uma manhã super bem passada em que aprendemos imenso e comemos maravilhosamente.

 


Para “relaxar” depois de tantas horas metidos na cozinha, fomos passar a tarde ao spa SF, no bairro histórico. Já experimentei vários tipos de massagens mas não conhecia a vietnamita e gostei bastante, embora tenha me visto obrigada a pedir que fosse o mais suave possível para não sair de lá a sentir que tinha sido espancada…. tal como as tailandesas, as vietnamitas são pequeninas, magrinhas e de ar frágil mas quando se lançam para cima de nós, parecem umas pugilistas.
À noite e antes de partirmos de comboio para Sapa, a região noroeste do Vietname ainda fomos jantar ao Quan Ngon, o mesmo da primeira noite, mas desta vez no mais antigo, junto à estação. Este tem a particularidade de ter uma grande zona central, ao ar livre, com mesas corridas e em redor várias bancas com a comida exposta. Embora não seja self service e sejam os empregados a trazer aquilo que pedimos, é giro porque nos dá a oportunidade de conseguirmos ver os diversos pratos o que facilita em muito a escolha.

Gostei tudo do que provei menos dos camarões à moda de Hanoi que mais me pareceram uns sonhos super oleosos com um camarão lá escarrapachado. Se tiver tempo não volto a repetir.

 

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Depois do repasto fomos para a estação onde apanhámos o comboio que nos levou até Sapa. Os comboios que fazem este percurso – das 9 da noite as 6 da manhã- têm algumas carruagens com beliches. Há compartimentos de 6 beliches e de quatro beliches e foi num destes últimos que ficámos, confesso, algo apreensivos para ver quem nos calharia na rifa para dividir a noite de sono. Aliás, foi só rir ver a cara da maioria dos ocidentais a entrarem no comboio com um ar quase aterrorizado perante a ideia de irem dormir com estranhos  – possivelmente ferozes vietcongs 😉 – num espaço que quase roça o dos quartos – cápsula japoneses.

 

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Felizmente pela parte que nos tocou, correu tudo bem. Calhou nos na rifa um casal de holandeses de meia idade de banho tomado, meias lavadas e sem problemas graves de ressonanco… 🙂
Pode parecer impossível mas há muito tempo que não dormia tão bem.

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