E o segundo dia em Sapa começou bem soft, com uma caminhada até Lao Chai, outra das aldeias da tribo Black Hmong. Acompanhados por Mee e por quatro mulheres locais – que ao início não percebemos porque é que começaram a seguir-nos os passos – visitámos a aldeia, conhecemos artesãs, admirámos os arrozais, visitámos uma escola primária e seguimos felizes e contentes pela estrada até à aldeia seguinte, Ta Van Giay, onde Mee nos preparou um piquenique.
O pior foi depois…
Para quem não sabe na minha lua-de-mel uma das coisas com que resolvi “entreter-me” foi a subir a um dos maiores vulcões da Indonésia, o Rinjani, na ilha de Lombok. Sete horas a amarinhar por uma montanha acima, por trilhos à beira de ravinas, a escalar pedregulhos de mãos e pés, de cabelo colado à cara e coração a querer pular do peito e correr dali para fora. Quando no dia seguinte, depois de nove horas a descer, outra vez à beira das ravinas e à beira de um colapso nervoso, dei por mim em terra horizontal e sem precipícios por perto, botas e pernas desfeitas, declarei alto e bom som que nunca mais me apanhariam em semelhante odisseia.
Pois claro está que não foram precisos mais de três anos volvidos para me ver novamente a palmilhar trilhos com apenas 20 cm de largura à beira de um precipício, mas agora para aumentar o desafio, com muita lama à mistura.
E assim foi durante toda a tarde, por entre florestas de bambus e arrozais. À frente a liderar as tropas, a bela da Mee, despachadíssima, não estivesse ela habituada a andar sozinha por trilhos enlameados à beira de ravinas desde os 8 anos.
Atrás da Mee, eu, de pernas trémulas e coração aos pulos, a tentar não por nenhum pé em falso. O que me livrou de cair por uma ravinas abaixo foi mesmo a preciosa ajuda de duas das locais que nos acompanhavam desde manhã – uma com um bebé às costas e outra que aparentava ter mais ou menos 80 anos – e que me deram as mãos e quase me levaram ao colo por todo o caminho.
Para terminar em beleza, o troço final até à útima aldeia, Giang Ta Chai, habitada pela tribo Red Dao, pareceu-me a mim uma autêntica “preta” tal era a inclinação e a lama, que me fez deslizar encosta abaixo, mas sem esquis nos pés. Maravilhoso…. E a não repetir. (Onde é que eu já disse isto?)…
E assim terminou o segundo dia por Sapa. A noite foi passaa novamente no comboio a caminho de Hanoi, onde fomos de manhã cedo apanhar um voo para Hoi An…
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