Zâmbia- 2º dia

Bom dia… E que boa noite tive. Posso assegurar que no River Club dormi como há muito tempo não dormia. Ao deitar surpreenderam-nos com botijas de água quente na cama… Uma cama enorme, coberta com mosquiteiro e com uma vista magnífica para o rio Zambézia, literalmente aos nossos pés. Acordar assim é um privilégio. Único.

O pequeno almoço excelente no terraço, quase me senti a Karen Blixen do África Minha, meu filme favorito e quase de certeza o responsável pelo início da minha paixão por este continente maravilhoso.

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Depois do pequeno almoço seguimos então para as Victoria Falls, as maiores cataratas no mundo.
Já aqui estive há uns anos atrás – noutra vida 🙂 – e na altura até fiz rafting no rio Zambeze que tem fama de ter os piores rápidos do mundo.

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Desta vez bastou me um passeio pelas cataratas para ficar estarrecida por tal espectáculo. Como a natureza é poderosa, como nós humanos somos pequeninos, quase insignificantes.
As cataratas são de uma beleza indescritível, 120 metros de altura…. De largura….
E reza a história que foram descobertas por um português que a única culpa que teve foi não as publicitar ao mundo como fez David Livingstone que mal as viu pôs a “boca no trombone” e ficou com os louros de tê-las descoberto.

Depois da visita às cataratas e de uma rápida passagem pelo centro da cidade de Livingstone, que aqui para nós não tem qualquer tipo de interesse, assentámos arraiais no lodge seguinte, onde era suposto conhecermos o grupo com quem seguimos viagem: o Waterfront. Nada, mas mesmo nada  a ver com o River Club, mas pelo menos bem localizado.
Em lugar do nosso quarto fantástico, agora espera nos uma “permanent tent” qualquer coisa como uma tenda de campanha assente numa plataforma de betão e com duas camas, um candeeiro e uma ventoinha. Um luxo 🙂

Mas fica à beira rio, tem uma piscininha, uma esplanada hiper agradável à beira do Zambeze de onde se vê um pôr de sol de sonho e uma pizzaria que nos disseram ser fantástica, a Peppino’s.
Infelizmente ou felizmente como não sou hiper fã de pizzas acabo por almoçar uma salada com queijo feta, pedacinhos de bacon e azeitonas e jantar um “rump steak” que não me soube aos bifes de carne de kudu que comemos há uns anos na Namíbia e que ainda hoje não consegui igualar. Talvez apenas pela carne, talvez pela carne, pela fogueira, pelo deserto em redor.. Talvez por tudo isto e mais um pouco.

Mas continuando, o segundo dia na Zâmbia terminou com uma reunião de apresentação do grupo que nos acompanhou nesta viagem pelo Botswana. 16 pessoas vindas de todas as partes do mundo – a maioria australianos e americanos- mais mulheres do que homens, apenas dois casais. Muita gente sozinha por este mundo fora. Muita gente sozinha sem problemas em pegar numa mochila e em ir para África ” ver amimais” como a maioria enumera como a principal motivação para ter vindo.

E aí vamos nós. A aventura vai começar 😉

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