Guatemala – 1º dia em Antigua

Já de regresso, aqui se inicia o relato da minha viagem pela Guatemala e Belize, países que já há muito queria conhecer.

Sempre me fascinei com as imagens das suas paisagens, os lagos, os vulcões, as praias paradisíacas, a arquitectura colonial e o seu povo descendente dos Maias, com as suas vestes coloridas e os seus sorrisos tão simpáticos.

Depois de uma viagem longaaaaaaaa, que começou ainda noite escura, e passou por Madrid e Nova Iorque – ainda que apenas vista ao longe – desembarcámos na Cidade da Guatemala, capital do país homónimo – já quase perto da meia-noite local.

Segundo consta esta cidade não é a mais visitável do país- caótica e com alguns problemas de segurança, por isso optámos por rumar logo ao nosso primeiro destino, Antigua, a 45 minutos de carro.

E que boa opção tomámos. Depois de uma noite para descansar da viagem, acordámos num cenário lindo, a escassos metros do jardim central.

 

 

Antigua transporta-nos não para outros tempos, mas para outros séculos. Fundada no século XVI, é um das cidades coloniais mais bem preservadas no mundo inteiro.  Faz lembrar Paraty no Brasil, Trinidad em Cuba, a vila do Roque Santeiro 😉

Surpreende-me por estar tudo bem tão arranjado, as ruas impecávelmente limpas, as fachadas todas pintadas de cores quentes, ocres, castanhos, alaranjados, um eterno por do sol. Os nomes dos estabelecimentos em bonitas placas de ferro forjado, cafézinhos lindos, cheios de recantos e pormenores, padarias que poderiam estar numa vila francesa, restaurantes com brunches que parecem saídos do New Yorkers Magazine.

 

 

E ruínas a lembrar uma história antiga e igrejas e conventos, e indígenas descendentes directos dos Maias que se cruzam connosco na rua, com as suas vestes de cores garridas, a sua tez escura.

Antigua é linda e Antigua é única.

 

 

Almoçamos na Tienda  La Canche, um restaurante que  se esconde por detrás do balcão de uma mercearia. Duas mesas compridas cobertas com umas toalhas de plástico, uma cozinha aberta onde uma senhora corcunda lava incansavelmente pilhas e pilhas de pratos, uma gaiola com um papagaio sonolento. A dona é uma avózinha com um sorriso maravilhoso e o menú tem um único prato, “pepian de pollo com huizquil” acompanhado de abacate e tortilhas. Não foi a melhor refeição da minha vida mas o ambiente peculiar e o sorriso de la Canche compensou largamente o sabor pouco apurado deste guisado de frango.

 

 

Depois do almoço, novo passeio pelas ruas da cidade, até descobrirmos o Café da Bela Vista e o seu fantástico rooftop com vista sobre o centro histórico. Muito giro e ainda para mais um café maravilhoso, quase melhor do que o nosso, o que é coisa nunca antes vista além fronteiras. Já cheguei a viajar com saquetas de café solúvel para minorar os danos.

 

DSC_1365

 

Depois de mais umas voltas pela cidade, fomos até ao Mercado de Artesanilhas onde se encontram coisas muito giras de artesanato local e a óptimos preços. Peças esculpidas em madeira, tecidos, toalhas, mantas, roupa, malas, tudo com muitas cores como é típico por aqui.

 

 

Mesmo ao lado do mercado fica o terminal de autocarros e se vale a pena lá ir. Os autocarros todos às cores, as tabuletas dos destinos com os nomes em arco irís ,com os cromados reluzentes, um espectáculo único.

 

IMG_1427

 

Acabámos a ver o pôr do sol no Sky Bar, que tem um terraço fantástico com vista sobre a cidade e as ruínas do convento de São Francisco.

 

 

Um copo de vinho branco gelado, música boa e uma paisagem fenomenal em redor,  uma  maravilha de entardecer.

Já noite, descemos novamente para as ruas onde a animação continuava, principalmente na zona do Parque Central e na 5ª rua, precisamente onde ficava o nosso hotel.

 

Tags:
Deixe um Comentário