Sri Lanka – Costa Sul e Galle

E lá chegámos nós ao último dia de viagem. Um último dia aproveitado ao minuto e que começou com um pequeno almoço bem local no fantástico terraço do Amanwella.

 

 

“String Hoppers” ou seja uma massa tipica do Sri Lanka, com um ovo estrelado no meio e acompanhado de uma série de molhos, caris, sambols e outras especiarias que tais.Uma maravilha, asseguro,  mesmo para quem como eu é um bocadinho “antiquada” no que toca à primeira refeição do dia.

De lágrimas nos olhos – ou quase – despedimos-nos do fabuloso hotel que tão bem nos recebeu e partimos cedo num carro alugado com motorista para um dia pela costa fora, a picar as praias, até Colombo, onde o nosso voo descolava pela noite.

A costa Sul do Sri Lanka é um sem fim de praias e de um turismo que vai crescendo a olhos vistos. Há umas melhores que outras, algumas que são uma desilusão e outras que apesar de ter lido algumas criticas negativas até são uma agradável surpresa.

Mas uma coisa é certa, melhor que a praia do Amanwella não vi. E a isso não há volta a dar.

 

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A primeira paragem foi na praia de Mirissa e não fiquei apaixonada. A praia não é propriamente feia mas está cheia de bares, restaurantes e guest houses. A água está longe do azul turquesa mas há uma boa porção de areia branca para estender a toalha.

 

 

Há alojamentos mesmo à borda de água o que permite uns dias de pé literalmente descalço para quem não queira fazer mais nada a não ser acordar, dar uns mergulhos, beber umas pinas coladas nas inúmeras happy hours anunciadas pelos bares fora. Para acompanhar, não há falta de menús a oferecer pizzas, comida tailandesa, carbonaras e bolonhesas.

 

 

Não fiquei fã mas compreendo o conceito e percebo quem goste.

Depois de um mergulho retemperador, que o calor por aqui não dá folgas, lá partimos rumo à praia seguinte: Weligama. Uma antiga vila de pescadores tomada de assalto pela onda do surf.

 

 

Aqui quase toda a praia é por escolas de surf para além de um ou outro mini lodge com ar cool. Ao fundo uma torre enorme do hotel Marriot mata o cenário. Ainda há barcos de pescadores, pranchas e mais pranchas é o que se vê por aqui.

 

 

A praia seguinte foi a que mais me encantou na zona: Midigama, um perfeito oásis de areia branca, água azul turquesa e praticamente ninguém para além de meia dúzia de locais, um casal de turistas e uma cabaninha a vender água de coco. Se isto não é o paraíso…

 

 

Foi com pena que arranquei de Midigama, próxima paragem Unawatuna, sobre a qual tinha lido tão mal que até fiquei agradavelmente surpreendida. Tem um areal imenso a lembrar a Figueira da Foz, água calma sem cores paradiasicas, vários restaurantes pela praia fora, com pouco glamour mas sem ser abandalhado.

 

 

A vila tem ruas estreitinhas, cafés e restaurante com um ar engraçado,  lojinhas de roupa e artesanato, tudo no meio de muitos coqueiros, verde, muito verde. Não há cimento a mais e parece tudo bem arranjado. Turistas esses muitos, aqui arranja-se alojamento para todos os preços e acaba por haver mais diversão do que propriedade no paraíso solitário do Amanwella. Mas o campeonato é outro e para mim não vale uma viagem intercontinental.

 

 

Acabámos com um mergulho e um almoço de caranguejo de casca mole, outra das especialidades locais. Estava bom mas sem aquele picante maravilhoso do caranguejo idêntico que comi numa esplanada numa noite quente em Kuala Lumpur.

 

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Uns brindes com as últimas Lions e lá rumámos à última paragem: Galle.

E sem dúvida que do dia, o melhor ficou para o fim. Galle, ou melhor o Forte de Galle, pequena zona histórica, fortificada, construída pelosportugueses no século XVI, dominada pelos holandeses no século XVII, pelos ingleses nos éculo XVIII e o porto mais importante do Sri Lanka até ao século XIX.

 

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O Forte de Galle, Património Mundial da Unesco, é hoje uma terra de artistas: escritores, pintores, fotógrafos, designers e poetas, vindos dos quatro cantos do mundo, que atraídos pela sua herança histórica e pela sua aura exótica resolveram aqui lançar âncora e criar pequenos boutique-hoteis, lojas e restaurantes. Tudo com um ar para lá de giro. Com o aroma do sal do mar e das especiarias, com o verde tropical a dar o tom.

 

 

Em Galle, onde tanto se vêem igrejas de traça holandesa, como mesquitas e casas tipicamente “colonial-british”, apetece deambular pelas ruas, parar em cada loja, ter tempo para conhecer cada restaurante. Fiquei com pena de não ficar uns dias por ali. Galle vale a pena. Muito a pena.

 

 

Serviu para fechar a minha viagem com chave de ouro e para partir com vontade de regressar. Até um dia…

 

 

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