3º dia – Irão : Persépolis

Ao terceiro dia no Irão rumamos a Persepólis, a uma hora de distância de Shiraz.
Persepólis, ou neste caso as suas ruínas, é o que resta daquela que foi no século 520 AC uma das capitais do Império Persa, que na altura incluía países como a Índia, o Egipto, a Rússia etc…
Não sou muito dada a arqueologia mas este é sem dúvida um sítio único e visita obrigatório para quem vem ao Irão.

 

 

Há desenhos em baixo relevo bastante bem conservados e que nos contam um pouco da história e das vivências da época.
Não se sabe ao certo porque Persepólis terá sucumbido a um gigantesco incêndio, no ano 350 AC mas há duas teorias. Uma defende que foi Alexandre, O Grande que deflagrou o fogo, outra que foi apenas um acidente causado por velas mal apagadas durante uma das grandes festas e bem regadas que por aqui se viviam. Bons tempos em que as bebidas alcoólicas ainda não tinham sido proibidas no Irão 🙂

 

 

 

Perto de Persepólis, e para mim bastante mais impactante, fica Naqsh -e Rostam- uma montanha enorme onde foram escavados 4 grandes túmulos, onde se pensa que tenham sido enterrados 4 Reis dos séculos 4 e 3 AC.

O cenário é tão grandioso que quase faz lembrar Petra na Jordânia.

 

 

Antes de regressarmos a Shiraz ainda paramos para um almoço rápido num daqueles grandes restaurantes buffet que não fazem história. Bebemos café num simpático hotel junto a Persepólis e um óptima sugestão para quem queira passar uma noite por aqui, o Persepolis Apadana Hotel.

Mais uma hora de caminho e regressamos a Shiraz onde visitamos a mesquita Ali Ebn e Hamze, uma mesquita construída no século XIX depois das suas antecessoras terem sido destruídas por sismos.

 

 

À entrada somos recebidos pelo único iraniano antipático que vimos até agora, com maus modos manda- nos descalçar e estende-nos – a mim e a S. uns longos panos floridos com ar de lençol que irão  fazer as vezes de chador.
Seguimos todas a regras a ver se o senhor melhora de humor mas nem por isso. “ Não gosta muito de turistas “ explica-nos a guia.
A sala de oração é totalmente forrada a espelhos e mais espelhos. Já o pátio de fora com vista para a cúpula é muito bonito.

Daqui seguimos para a última visita do dia, o túmulo do idolatrado poeta iraniano do século XIV, Hafez.
Para se ver a importância deste mausoléu com o seu jardim, há um ditado iraniano que diz que todas casas devem ter duas coisas, o Corão e a obra de Hafez.

 

 

É a última noite em Shiraz e a conselho de Sarah resolvemos ir experimentar o Haft Khan um complexo de 7 restaurantes que está super na moda entre os locais.
Tem um restaurante de comida tradicional na cave com música ao vivo e uns privados a simular tendas, um restaurante de barbecue iraniano no 3º piso, uma casa de chá no terraço etc…
Escolhemos o primeiro, sentamo-nos numa mesa redonda baixa com uns banquinhos à volta, e pedimos Bakhtyari Kabab -espetadas de borrego e frango- e Dizi, um guisado de grão, batatas, tomate e cordeiro.

 

Está tudo muito saboroso, o restaurante está cheio, no palco canta-se e dança-se, felizmente não tão alto que perturbe o jantar.

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