3º dia no Butão – Timphu

O terceiro dia é de regresso a Timphu, a pequena cidade onde passamos o dia a visitar vários spots.

 

Primeiro, uma fábrica tradicional de papel onde aprendemos como os futaneses o fazem ainda nos dias de hoje, folha a folha, com uma paciência de santo. Acabamos a comprar uma folha com o desenho de um dragão.

 

 

Butão, significa na língua local, o País do Dragão, ” e sempre que há trovoada, os butaneses acreditam que é este que está no céu a rugir”, explica S.T.  sublinhando mais uma vez que “este é um país com uma cultura baseada em muitas crenças, mitos e lendas.”
Visitamos de seguida o Museu do Têxtil, inaugurado em 2015 e que tem uma exposição fantástica de trajes locais, incluindo os trajes de casamento dos Reis, actuais e passados. Temos a oportunidade ainda de ver várias mulheres nos seus teares, a tecerem linha a linha, ponto por ponto, peças magníficas.

 

Ainda fazemos uma curta paragem no estádio de futebol da cidade, onde até as bancadas foram construídas com os floreados da arquitectura típica local. No relvado desenrola-se um jogo entre duas equipas de monges 😉
Ao lado do estádio fica o campo de arco e flecha, o desporto nacional.

 

Em Timphu somos convidados para almoçar naquele que foi há 28 anos um dos primeiros restaurantes do país, o Benez. Um almoço magnífico: arroz, espargos, “ema” e um frango maravilhoso acompanhado de pimentos verdes, cebola roxa e tomate assado.

 

De tarde, aproveitamos para ir visitar o “Folk Heritage Museum” onde vemos como é uma casa tradicional por dentro e por fora, as escadas íngremes, o piso térreo para os animais, o melhor quarto para o altar, o quarto de dormir comum, o piso do meio para guardar os alimentos.
S.T.  mostra-nos os instrumentos antigos – e ainda usados nas zonas mais remotas do país – com que os Butaneses cozinhavam, faziam as suas próprias roupas, calçados, etc…
É engraçado perceber que apesar de tudo, as semelhanças entre o modo de viver no Butão tem muitas semelhanças com o de Portugal ainda há meia dúzia de décadas atrás. Desde os fogões a lenha, as lamparinas, até à própria estrutura da casa com os animais no piso térreo e as pessoas nos andares superiores.

Acabamos o passeio por Timphu com uma visita ao mercado local. Adoro mercados e neste descubro vários vegetais de formatos estranhos e nomes indecifráveis. E malaguetas, muitas malaguetas de todas as cores e feitios.

 

E cereais, e peixe seco que o mar está demasiado longe, e gordura de porco que os Butaneses adoram comer gordura. “Somos gente da montanha, de trabalho, podemos comer gordura que não engordamos. Fazemos muito exercício o dia todo, mesmo aqui em Timphu até há uns 8 anos atrás não havia um único elevador”, explica S.T.
O dia termina já ao cair da noite com um passeio pela rua central, onde o policia sinaleiro no seu pódio central comanda o trânsito ;-). O Butão é o único país do mundo onde não há um único semáforo.

 

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