6º e 7º dia – Hoi An

E depois de 9 horas de comboio, duas horas de voo e uma hora de táxi, lá chegámos a Hoi An, considerada a vila vietnamita mais bem conservada. Aliás, é até Património Mundial da Unesco. E que gira que é.

Infelizmente não fomos brindados com os melhores dos tempos e tivémos que palmilhar Hoi An debaixo de uma carga de água daquelas. Mas o Vietname é mesmo assim e não há volta a dar, ou nunca viram os filmes da guerra? Por acaso o sol brilhava muito?

 

No primeiro dia, mal chegámos fomos almoçar ao fantástico Morning Glory,  considerado e com toda a razão, um dos melhores restaurantes no Vietname. Além do ambiente ser muito giro, um pé direito brutal, paredes ocre, pás no tecto, candeeiros de balão e uma cozinha aberta, no centro, a comida é maravilhosa, feita pela Mrs Vy, chef que se tornou famosa desde que resolveu começar a recriar as receitas da família.

 

 

Para experimentar alguns dos pratos tradicionais da região, pedimos um prato de  White Rose, um de Cao Lao e um de Banh Xeo, a santa trindade da cozinha de Hoi An. Estavam todos fabulosos.

A não perder a loja de artesanato mesmo na porta frente do restaurante. Tem coisas lindassssss, a preços óptimos e ainda por cima é tudo feito por pessoas com deficiências várias e o produto das vendas reverte integralmente para estes.  Vale muito a pena dar uma vista de olhos, nós compramos um par de  chop sticks lindos, folheados, e um fofo amoroso para a pequena bebê. Tudo não chegou a 18 euros.

Durante a tarde apesar da chuva que teimou em não nos dar descanso, comprámos um bilhete que da entrada em vários ex- libris locais e lá fomos conhecê-los. Com este bilhete que custa 2 ou 3 euros por pessoa temos direito a entrar em 5 dos vários must see em Hoi An.

Entre todos escolhemos a Ponte Coberta Japonesa, construída em 1590 pelos japoneses, a Tan Ky House, uma casa original construída há 200 anos e muito bem preservada; a Chinese All Community Assembly Hall, um templo chinês cheio de garantonhas horripilantes e a tresandar a incenso e o Fujian Chinese Congragation, outro templo chinês dedicado a Thien Hau, deus do mar, que os chineses acreditam ter protegido as famílias Fugian que no século XVII navegaram da China até Hoi An, onde se estabeleceram.

Ao entardecer ainda demos uma grande volta pelo mercado local onde para além de de encontrarem muitas bancas de legumes, peixe, produtos secos e comida já feita, é possível comprar artesanato local ( made in China como aliás no mundo inteiro ) – chopsticks, individuais em palhinha, sedas a sério e a fingir, tigelas feitas de casca de coco, abantjours de papel e afins….

Ao final do dia ainda fomos ver o por do sol ao Banana Leaf, um bar mesmo junto à beira rio com uma varanda muito simpática, no primeiro andar, com duas mesinhas com vista para a margem Sul de Hoi An.

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À noite fomos convidados para jantar no restaurante do Anantara, onde petiscámos várias entradas locais, crepes, camarões grelhados com flocos de chilli, sopa de marisco com …..salada de vegetais frescos e carne de vaca, etc….

 

Estava tudo muito bom mas depois do almoço fabulástico  no Morning Glory  é difícil encontrar – pelo menos por estas bandas-  quem ultrapasse a fasquia.

Depois de jantar ainda fomos dar uma volta pelas ruas do centro que ficam lindas todas iluminadas com os balões.

No dia seguinte e ainda debaixo de uma chuva imensa – que mais uma vez não nos demoveu de andar a passear pelo centro histórico da vila – acabamos a nossa visita a Hoi An com mais um excelente almoço no Mermaid, outro restaurante da Mrs. Vy, a dona do Morning Glory.

O espaço não chega aos calcanhares do primeiro, mas a comida é igualmente muito boa. Pedimos uma sopa de caranguejo que estava divinal, uns “water spinach” – desculpem me mas não sei a tradução, mas se alguém souber onde os posso arranjar em Lisboa agradeço – e um fried rice que também estava muitooooo bom.

Para nos brindar à despedida, o sol começou a raiar em Hoi An, que ainda ficou mais bonita.

Ainda tivemos tempo de dar uma volta pelos jardins do magnífico Anantara, o hotel onde ficámos super bem instalados. Além de ser muito bonito e ter uma piscina linda, uns quartos óptimos e um pequeno almoço fantástico, fica a “walking distance” do centro histórico. Melhor é impossível.

Despedimo-nos com pena, mas Saigão esperava por nós.

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