Cantão

Fazer viagens para o outro lado do mundo, muitas vezes implica muitas horas de escala entre vôos. Desta vez calhou-nos à ida 8 horas de  escala em Paris, que ainda nos possibilitou ir dar um passeio ao dentro, com paragem num bistrot no Marais para um jantar fantástico de queijos e patês.
Para cá, calhou-nos na rifa uma escala de 9 horas em Cantão na China. E só posso dizer que nunca vi um aeroporto tão bem organizado e tão simpático para quem ali faz escala. Todos os passageiros que tenham uma escala superior a 8 horas têm direito a hotel gratuito, incluindo transfer para o hotel. Para aqueles que tenham mais de 8 horas de escala, mas que não queiram hotel – que era o nosso caso- têm direito então a 24 horas de passe de metro, dois bilhetes de entrada nos principais museus da cidade e um mapa. Fantástico. E único. Nunca tinha visto tal acolhimento.
Foi assim que aproveitámos a escala para ir dar uma volta por Cantão, uma cidade grande  e que sempre esteve presente no meu imaginário por ter funcionado como grande entreposto comercial no tempo das aventuras ultramarinas.

Cantão não é uma cidade particularmente bonita, pelo menos por aquilo que nos deus para ver. Parece ser muito grande, com prédios gigantescos – com aquela arquitectura tipicamente socialista – mas organizada, sem o barulho ensurdecedor das cidades vietnamitas mas também sem a graça destas, diga-se.

É uma cidade praticamente virada para o seu povo, já que para além das placas no metro e no nome das ruas, nada está escrito em alfabeto romano. E encontrar alguém que fale inglês ui… é uma tarefa inglória.
Depois do Clan Temple que nos aconselharam a visitar e que é bonitinho sim senhora!

 

Fomos passear para a principal rua pedonal, a Beijing Lu. Muita febre, muitas lojas, muitos neons… Mas para além da Nike e da Adidas nada de marcas ocidentais. Exportar é com eles, mas quando toca a proteger o produto nacional nota se que são feras.  E fazem muito bem. Claro que há o reverso da medalha e à custa de tanto consumo de marca nacional, a verdade é que nunca vi povo tão mal vestido.

Depois de uma volta pelo distrito comercial e finançeiro da cidade, resolvemos começar a procurar um sítio onde jantar. Ou melhor um sítio onde tivessem menu em inglês. Como não conseguimos encontrar, acabámos por nos remediar com um resraurante tailândes que embora não tivesse menú em inglês, tinha fotos dos pratos e um cliente sentado na mesa ao lado da nossa que nos conseguiu aconselhar o caril de camarão.
Cantão não deixa saudades, mas serviu para concluir o que já suponha: os chineses estão cada vez com um nível de vida mais alto – no aeroporto um chá de limão custava 10 euros, digam me lá que não é de ficar com os olhos em bico 🙂
Também achei piada em constatar que desta há 5 anos para cá- altura em que estive pela primeira vez na China e em 15 dias não vi um único bebé, nem uma única mulher grávida- a situação agora já é bastante diferente. No metro, nas ruas, nos parques, fartei me de ver bebês, criancinhas e grávidas. E fartei-me de babar também com saudades da minha ;-

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Blog Comments

Boa tarde;

Vou estar em escala 13 horas em Cantão. Seria possivel informar-me onde posso solicitar o hotel e o transfer para o hotel que menciona, que todos os passageiros têm direito em escalas superiores a 8 horas?
Muito obrigada,

Olá Filipa eles explicam tudo isso no aeroporto e encaminham na para o sítio certo. boa viagem.

Boa noite.
Vou ter uma escala de 8 horas, dá direito a alguma coisa?

Olá Joana sim, dá direito a ter passe de metro e entrada gratuita pelo menos num museu. Boa viagem.

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