Marrocos: 7º Dia – El Jadida e Rabat

Mais um dia com o despertar ao raiar do sol. A0 7º dia de viagem esperam-nos mais de 400 km até Rabat passando por El Jadida, antiga Mazagão, possessão portuguesa de meados do século XV ao século XVIII. Património mundial da Unesco, mantém os resquícios da antiga citadela construída por nós em 1506, para proteger as caravelas lusas que aqui passavam.

Nas ruas ainda se vêem placas com nomes em português e, na rua principal, a cisterna também construída na altura, é um dos locais de visita obrigatória. Como curiosidade, foi aqui que foi filmada uma das cenas do filme 1954, de Orson Wells.
Em El Jadida vive-se um ambiente calmo, pelas ruas sopra uma brisa, vêem-se umas crianças a brincar na soleira de uma porta, uma ou outra lojinha de artesanato local. Tudo muito limpo, sem confusão, sem souks e medinas. Não cheira a especiarias, cheira a mar.

Aproveitando ser a hora de almoço vamos até ao Restaurante du Port, que apesar de vir referenciado como um dos melhores de El Jadida, revela-se a pior experiência gastronómica da viagem. Umas espetadas de peru secas acompanhadas de uns legumes frios, uns bifes supostamente com molho de pimenta, mas sem qualquer vestígio deste, umas omoletes com ovos mal cozinhados e uma tagine de peixe saborosa, mas com matéria prima de qualidade duvidosa.
De regresso à estrada seguimos para Rabat, onde chegamos 3 horas depois. Rabat, capital política e administrativa do país desde a independência em 1956, é uma cidade grande, que mistura uma Medina antiga, de ruas pejadas de comércio, com avenidas largas, ladeadas de palmeiras e casas de traços coloniais,  propriedade de consulados e  embaixadas.
Continuamos em Marrocos, mas já sentimos algumas nuances ocidentais.
Neste primeiro dia, depois de uma viagem tão longa, não nos resta tempo para uma primeira visita à cidade e limita-nos a ir jantar à parte nova, ao restaurante Picolo’s que, apesar do serviço lento – como aliás é a maioria do serviço em Marrocos – tem um jardim muito agradável e uma ementa entre o francês e o italiano. Os raviolis fazem sucesso, bem como o magret de pato, já a lasanha e o frango em molho supremo não convencem. Mas é um dos poucos restaurantes da cidade com licença para vender álcool e um copo de vinho branco numa noite cálida sabe sempre bem 🙂

 

 

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