Sardenha, um paraíso de água azul turquesa

Nos últimos dias tenho tido vários pedidos na Follow Me para organizar viagens para a Sardenha. Estive lá há uns anos e realmente achei uma ilha maravilhosa. Praias de sonho, vilas lindas, gente gira, mas infelizmente a preços a maioria das vezes proibitivos. Como já tenho alguns contactos, lá consigo arranjar umas coisas ainda com uma qualidade/preço razoável. Que realmente a Sardenha é um sítio a não perder.

 

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Segue-se a reportagem que na altura escrevi para o Fugas, do jornal Público.

“Na ilha dos milionários Ao largo do Mediterrâneo, entre a Córsega e Itália, respira-se beleza e glamour. Catarina Serra Lopes esteve lá dez dias. Entre artistas de cinema, da música e das “Holla”s. Princesas e playboys, famílias aristocratas e top-models. Tudo isto num cenário paradisíaco de praias desertas, água azul esmeralda, restaurantes exclusivos e hotéis de luxo. São 20.00 de um dia quente. Em Porto Cervo na marina sobre o mar, a agitação pré-jantar é mais que muita. Depois de mais um dia de praia, o glamour desce ao porto, junto aos iates milionários para mais uma noite longa de Verão. (E como por aqui o Verão é longo…). Sopra uma brisa quente, um cheiro a mar. Ouve-se ao longe um saxofone. Elas qual passerelle, desfilam pela praça principal da marina rumo aos restaurantes em volta. Sente-se a mistura das fragrâncias. Vestidos suaves, pernas esguias, bronzeadas, sandálias altas, cabelos loiros escorridos, morenas de ar latino com óculos à Greta Garbo, italianas sensuais, princesas da velha Europa, americanas de dinheiro antigo (e novo). Carteiras Gucci, Louis Vuitton. Eles fazem o par, de calças brancas, camisas de linho, cabelos grisalhos, sorrisos brilhantes, relógios Patek Phillipe, chaves de Aston Martins, Ferraris e Bentleys. São 20.00 de um dia quente. Bebem-se cocktails, ouvem-se conversas, risos. Sentada num puf de palha, a ouvir um “house” suave, peço um Martini. Com gelo e limão. Ao meu lado, a duas mesas, Flavio Briatore, empresário da Fórmula Um e playboy convicto, lança olhares lânguidos à última conquista, uma morena de ar anoréxico e sorriso tímido. Na esplanada do restaurante em frente, o actor Bruce Willis, acompanhado de uma loira curvilínea, de duas crianças e três guarda-costas gigantescos, saboreia uma pasta de “fregola” – a massa local- com amêijoas. Três horas depois à entrada do Billionaire, o night club mais exclusivo da zona, cruzo-me com Naomi Campbell, a musa negra das passerelles do mundo. Nada demais. Encontrar três celebridades em apenas três horas é comum para quem passa férias na Sardenha.

 

Na Costa Esmeralda, no Nordeste da ilha há décadas que os dias são feitos de muito sol e charme. De areais brancos, águas cálidas azul-turquesa, recifes de corais, vilas pequeninas de casas caiadas e resorts de luxo de moradias terracota. De iates e veleiros milionários, restaurantes gourmet, boutique hotéis e lojas das melhores griffes do mundo. Ele é Bulgari, ele é Cartier, ele é Prada, ele é Versace. Ele é sonho, charme, sensualidade. Dias de praia, dias de noite, de regatas e partidas de golfe – o Pevero Golf Club é considerado um dos mais bonitos do mundo. Chamam da Sardenha as Caraíbas da Europa. Não há direito. A Sardenha é melhor, muito melhor. E quase aqui tão perto. Sem coqueiros, é verdade, sem merengue confirmo. Mas afinal quem quer bambolear-se ao sabor de uma Cuba Libre quando pode estar a saborear um bom licor de mirto – uma das especialidades locais, feita à base de fruta, rum e vinho – sobre a marina de Porto Cervo a ver um desfile de “beautiful people”, depois de um dia passado numa das melhores costas do Mediterrâneo? Mas comecemos pelo inicio. E no inicio antes dos príncipes e das princesas, das meninas bonitas e dos velhos ricaços, a Sardenha – segunda maior ilha do Mediterrâneo, depois da Sicília – foi dos fenícios, dos cartagineses, dos romanos, dos árabes, dos bizantinos, dos espanhóis, dos saboianos e, por fim, dos italianos, que continuam a ser até hoje os seus donos e senhores.

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De paisagem montanhosa, uma costa de centenas de quilómetros, mar chão e clima ameno durante todo o ano, a Sardenha foi também dos pescadores de atum, das gentes do mar, dos mineiros do ouro e da prata. Até 1960 quando o príncipe Karim Aga Khan resolveu fazer da costa de Arzachena, na parte Nordeste da ilha, um resort exclusivo para a alta sociedade mundial. Nasceu assim a Costa Esmeralda, que deve o seu nome ao azul do mar local. Como centro, Porto Cervo cumpre a função de vila paradisíaca à beira de uma marina onde todos os anos, entre Abril e Novembro, atracam alguns dos melhores barcos do mundo. Por falar em barcos, se tiver a oportunidade não deixe de alugar um, seja à vela, a motor ou a remos e parta à descoberta da costa de toda a ilha. Prepare-se para paisagens mágicas, ilhéus a perder de vista, enseadas totalmente desertas. Para um final de Verão mais que perfeito.

Cinco dias maravilhosos:

Um dia na praia de La Marmorata na parte Norte da ilha, junto à vila de Santa Teresa di Gallura. Aproveite a manhã para passear pelo centro, descobrir as lojinhas locais, almoçar uma pizza marguerita numa esplanada no largo central, visitar o miradouro e apreciar a vista da costa escarpada. Pela tarde, fique pela praia de La Marmorata, uma pequena enseada com muito menos gente que as praias da vila. A areia é muito fina e o mar de um azul límpido.

Um dia a velejar pelo arquipélago de La Madalena. A Norte da ilha da Sardenha a cerca de meia hora da costa, este arquipélago é formado por duas ilhas grandes e 23 ilhéus pequenos. As ilhas maiores, são a ilha Madalena e a Ilha Caprera, tendo esta última sido considerada recentemente pela revista Concierge como uma das dez mais belas praias do mundo.

Um dia em Stintino, na ponta Noroeste da ilha. Uma pequena vila com meia dúzia de praias imperdíveis e dois portos onde se misturam os iates e os veleiros com os barcos dos pescadores. Longe do glamour da costa Este mas com umas praias de sonho, Stintino é um dos spots a não perder na Sardenha. Para além da praia La Pelosa, a mais perto da vila e por isso a mais concorrida, não deixe de conhecer a praia de Ezzi Manu, mais afastada e quase totalmente deserta. O areal estende-se até perder de vista.

Um dia em Alguero, uma das maiores localidades da Sardenha. Vale a visita pelo centro histórico de ruas estreitas, muralhas aragonesas e catedrais quinhentistas. Aproveite para jantar pelas esplanadas típicas de toalhas aos quadrados e pizzas em forno de lenha. A praia é grande, com uma longa marginal a ladeá-la.

Um dia em Cagliari – Vale a pena atravessar a ilha para conhecer a capital da Sardenha. O seu centro antigo bem conservado é um regresso à história passada da ilha através dos seus monumentos, ruas, ruelas e arcos. Não deixe de passar pela Via Roma e visitar o Palazzo Civico, a Piaza Yenne, a Torre dell’ Elefant, a Piazza Palazzo com a sua catedral, a Pancrazio Tower e a Citiadella dei Musei. ”

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