E para terminar o périplo por Cabo Verde… Santo Antão

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“A ilha verde

Do arquipélago de Cabo Verde, Santo Antão é a que mais vegetação tem. Com grandes montanhas cheias de ciprestes, pinheiros, eucaliptos e acácias, vales de cana-de-açúcar e desfiladeiros, é a opção ideal para os amantes da natureza e das caminhadas.

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É difícil acreditar que Santo Antão é uma das dez ilhas de Cabo Verde. Localizada no grupo do Barlavento, de origem vulcânica, é a mais afastada do continente africano e também a mais verde do arquipélago. Ao contrário das outras ilhas, marca pela sua paisagem verdejante, mais próxima dos Alpes do que das planícies arenosas do Sal.

Com vinte quilómetros de largura e quarenta de comprimento, Santo Antão é a segunda maior ilha do país sendo o seu ponto mais elevado, o cume do antigo vulcão Topo da Coroa, com 1979 metros de altitude.

Desabitada aquando da sua descoberta em 1462, durante muito tempo assim continuou pois a cadeia de montanhas que separa a ilha entre o Norte e o Sul foi considerada intransponível. Hoje consiste num dos seus principais atractivos, cativando muitas pessoas adeptas do turismo de aventura, das longas caminhadas, dos passeios de bicicleta e do ar livre.

Um dos itinerários sugeridos pelo turismo local começa na Vila de Ribeira Grande, a principal vila da ilha, situada na costa nordeste. Subindo a estrada de terra pelo vale em direcção ao interior da ilha, consegue-se uma vista fantástica pelos vales e montanhas. Virando à direita para norte, chega-se a uma aldeia remota chamada Garça de Lima de onde se avista o mar e a povoação de Cruzinha da Garça.

A Ponta do Sol, também junto ao mar, é outro dos locais da ilha que se aconselha a não perder. Esta vila distingue-se pelos seus edifícios coloniais, em particular o da Câmara Municipal. A escassos quilómetros de distância a aldeia de Fontainhas, tem uma paisagem muito bonita com o pequeno casario a contrastar com as montanhas imponentes.

A não perder também uma passagem pelo Paul, a terceira vila na costa nordeste da ilha. Fica junto ao mar, na estrada que vem de Ribeira Grande e é onde termina o Vale do Paúl, um dos vales mais luxuriantes da ilha e onde se concentram as maiores culturas de cana-de-açúcar de Santo Antão. No Paúl tem também a possibilidade de visitar alguns dos locais onde ainda se fabrica artesanalmente o grogue – aguardente nacional à base de cana-de-açúcar.

Já no Sul da ilha, visite Porto Novo onde é possível ver os pescadores a arrastarem as redes carregadas de atum para terra. Para Leste, acerca de 5 minutos de carro, fica a Praia de Escurralete. Para além desta, se lhe apetecer dar um mergulho, existem praias de areia na Ribeira Grande, no Paúl, no Monte de Trigo. Não se praticam desportos náuticos mas a água é quente e límpida.

Catarina Serra Lopes

Quando ir

Entre Junho e Outubro, depois da época das chuvas, a ilha está toda verde, muito florida e com vegetação abundante.

Onde ficar

No Pedracin Village, um hotel rural com 20 quartos distribuídos por 10 casas típicas da ilha. Fica na Ribeira Grande, tem piscina, restaurante e bar. Duplo a partir de 55 euros.

Onde comer

Não deixe de provar alguns dos pratos típicos locais como o bolo de mel ou a caldeirada de cabrito com feijão. Remate com um cálice de grogue.

Por perto

A uma hora de barco, a ilha de São Vicente, capital cultural de Cabo Verde, é uma boa opção para uns dias de passeio, bons restaurantes.”

Reportagem originalmente publicada na revista Sábado.

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