Há dias em que vemos tudo cinzento às bolinhas pretas, sem luz ao fundo. Em que sentimos um cansaço extremo de tudo e de todos. E nem temos forças para ver que há (quase sempre) volta a dar. Há dias maus. Há dias que podiam ser mesmo riscados do calendário.
Foi num desses dias maus que o F. resolveu fazer-me uma surpresa e fomos almoçar à Ericeira. A dois. Chuviscava em Lisboa mas lá estava um sol maravilhoso, um céu azul, um cheiro a maresia. Tão mas tão bom.
Na Ericeira costumamos ir sempre ao Mar à Vista, um restaurante fantástico onde a qualidade do marisco é uma coisa assim para lá do outro mundo. Mas a sala é minima, não tem vista e apenas uma janela pequena. Até há pouco tempo atrás nem café ou sobremesas serviam, apenas marisco.
Há coisa de um ano, um dos empregados resolveu bater asas e voar do ninho – com a benção do patrão – e abriu um restaurante a poucos metros de distância, a “Brisa”.
Um marisco também maravilhoso, um atendimento igualmente simpático, mas com uma grande mais valia: uma vista soberba sobre o mar. E almoçar com aquela vista sabe pela vida.
Claro que os percebes maravilhosos e o lavagante do melhor também ajudaram. Mas a vista, a vista…
Um Planalto fresquinho, uma salada de alface ripada muito bem temperada, um pãozinho torrado e saí da Brisa revigorada.
Para terminar ainda passei pela Casa Gama para comprar umas areias e voltei para Lisboa já sem sombra de tristeza…. a Brisa levou-a para outras paragens 😉
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