Não há vez que vá a Madrid que não vá ao Mercado de San Miguel. Adoro o conceito, adoro o espaço, adoro petiscar, ir buscar uma tapa ali e outra acolá, gosto de poder experimentar várias coisas sem estar presa a um restaurante a uma mesa. Por isso quando comecei a ouvir falar que o Mercado de Campo de Ourique ia ser remodelado ao jeito do Mercado de San Miguel, com várias tasquinhas e abertas até à 1 da manhã, achei o máximo. Ainda por cima adoro o bairro e até agora sempre que ia a este mercado encontrava produtos óptimos, mas público zero, uma pena… nada melhor então para o revitalizar, para lhe trazer uma nova energia e fôlego que juntar a “arte do tapeo” às bancas de peixe, carne e legumes.
Fui conhecer o novo Mercado a semana passada, no mesmo dia passei por lá para almoçar e jantar e gostei imenso de umas coisas e um bocadinho menos de outras.
O espaço está giro sim senhora, animado, cheio de gente, principalmente ao final da tarde/noite. À volta das tasquinhas, as bancas continuam abertas mesmo depois do sol se pôr, a vender fruta, vegetais… fica muito engraçada a mistura entre o tradicional e o novo e é uma óptima oportunidade para os comerciantes.
Não gostei do frio – principalmente à hora de almoço – que entra pelas grandes portas de vidro da entrada, há poucos aquecedores e muitos estavam desligados. Não gostei de haver poucas mesas… já nem falo de cadeiras… mas claramente são em quantidade insuficiente para o número de tasquinhas -16 ao todo – e para a afluência. À noite cheguei a ver nove pessoas a comer de pé à volta de uma mesa para quatro. Há limites e umas mesitas e uma cadeiras também não é um investimento assim tão grande.
Gostei da variedade das tasquinhas: há de especialidades de carne, há de empadas, de petiscos portugueses, de queijos e enchidos, de hamburgueres, de asinhas de frango à moda americana, de sushi, de champanhe e de ostras e mais que tais… ouvi dizer que falta de sobremesas – parece me que só há crepes com Nutela, gelados e nada mais, mas confesso que nem procurei. Há também tasquinhas só de bebidas, com vinho a copo, um bocado para o puxado, mas nessa temática dos preços a verdade é que achei tudo um bocadinho para o carote. Ao almoço fui ao Chef do Mercado e paguei 8 euros e tal por um mini-mini-mini prato de plumas de porco preto com puré de batata doce e castanhas. Era tão mini que poderia no máximo ser considerado uma entrada. Houve quem optasse pelos pregos do mesmo sitio e embora saborosos, o preço também está longe de coincidir com o tamanho – à volta dos 5 euros – e não, eu não como muito, nem tenho mais olhos que barriga – ainda mais agora ;-).
À noite voltei ao “local do crime” com duas amigas e enquanto uma optou por uns figados de cebolada e um caldo verde – disse que estava tudo maravilhoso e a dose pareceu me já mais condigna do preço – eu e outra dividimos uma tábua de queijos e enchidos da tasquinha da Charcutaria. Foram 15 euros e uma dose que a mim me pareceu outra vez a atirar para o forreta. Até na quantidade de pão não foram generosos. Ouvi dizer que os pregos de maminha da tasquinha Atalho são fantásticos e que o americanado Joe’Schack tem também um entrecosto caramelizado e umas asinhas de frango fritas muito boas… fica para a próxima.
No saldo geral achei o espaço engraçado, cheio de gente gira, muito animado e a precisar de algumas afinações que com o tempo espera-se que virão.
E vocês, já conhecem? O que é que acharam?
Blog Comments
Ana Simoes
12 de Dezembro de 2013 at 12:55
Moro ao lado, já fui várias vezes e confesso que não amo.
Acho que o principal problema é de facto a ausência de mesas e balcões. No sushi, o serviço é terrivelmente lento. Mas como bem refere, são coisas que podem ser afinadas, claro. O que não gosto mesmo nada é da menina beta que por lá anda, provavelmente assessora de comunicação ou outro título qualquer, que desconhece completamente a noção de educação e, à má maneira portuguesa, fica a olhar para tudo e todos de alto a baixo e com ar espantado. Mas o conceito é o máximo e quem sabe, alguém com juízo fica à frente….
Diogo
19 de Fevereiro de 2014 at 0:37
Já outros à boa maneira portuguesa gostam de vir dizer mal de quem trabalha e do sucesso dos outros, de preferência sem na cara, então se for no anonimato da internet ainda melhor.
Alguma vez trocou mais de 2 palavras com essa pessoa? Conhece-a, privou com ela?
Isso não interessa, giro giro é vir para a internet dizer mal e mandar a baixo, Deus meu livre de tentar fazer alguma coisa de útil com a minha vida!
Ana, vá trabalhar!
frederico
3 de Abril de 2014 at 2:03
E o sr Diogo vem para aqui defender a menina, o engraçado é que faz parte da mesma corja de mal educados e arrogantes armados em superiores!
Não e verdade Diogo Coutinho?
Vai mas e trabalhar!
Nunca fizeste nada na vida, tudo te foi dado de mao beijada pelos paizinhos!
frederico
3 de Abril de 2014 at 1:59
Essa menina beta realmente e mal educada e arrogante, tem a mania que e superior a tudo e todos! E muito provavelmente nunca teve que trabalhar na vida, sim trabalhar no duro, não e fingir que trabalha!
Vera Jordão Madeira Rodrigues
12 de Dezembro de 2013 at 18:40
eu já fui e, à parte a falta de mesas e cadeiras, gostei do espaço em si e do ambiente. Só experimentei o das ostras, não me lembro como se chama, e dividimos por 4,
ameijoas à bulhão pato, gambas com alho e prego. Os pratinhos, a 5 euros cada, tinham uma boa relação quantidade-preço, e a qualidade excelente. Comprámos uma garrafa de vinho noutra banca, que foi cara, mas no cômputo geral gostei e vou repetir