Nova Iorque – 3 º dia

E o dia amanheceu lindooooo, com muito sol, um céu azul fenomenal e… Um frio de rachar. E eu que eu gosto tanto um dia de sol e frio 🙂
Este dia foi mais ou menos um meio dia pois como tínhamos o voo para Miami às 6 e o aeroporto é longe, tivemos que dizer adeus à cidade por volta das três.
Mas ainda tivemos tempo para ir realizar um dos meus sonhos antigos e ir assistir a uma missa com gospel. Depois de muitas pesquisas optei pela de Brooklyn Tabernacle e em boa hora o fiz.
O coro já ganhou vários grammys, é para lá de fenomenal mas consegue manter-se sabe- se lá como, imune as ordas de turistada… Acho mesmo que eramos os únicos.
O teatro onde se celebra a missa fica em Brooklyn, é gigantesco, com muitos veludos e dourados. Quando chegámos com 20 minutos de atraso, a plateia já estava repleta e o coro já cantava a alto e bom som, enquanto entravam apressados os últimos fiéis. Tivémos sorte que as portas fecharam-se logo de seguida.
A celebração dura 2 horas durante as quais toda a gente – e quando digo toda a gente é mesmo praticamente toda a gente – canta, dança, abana os braços no ar com uma entrega e uma fé que há muito tempo não via. Nem sei mesmo se alguma vez vi. No palco, o coro era composto por 160 pessoas, de várias raças,  todas com um vozeirão e uma alegria contagiante.

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No intervalo de cada música, um orador aproximava-se do microfone e começava a discursar sobre como Deus nos ama. Deus nos acompanha no dia-a-dia, Deus é o nosso melhor amigo, e o quanto temos que lhe agradecer por tudo o que nos dá.
E se na minha ignorância achava que o gospel era uma “coisa” da raça negra, aqui percebi que não, os oradores eram todos brancos – um era igual ao Donald Trump, outra podia ser irmã da Martha Stewart – os membros do coro eram de todas as cores e na assistência embora se vissem muitos afro-americanos, vestidos com as suas melhores roupas para a missa de Domingo, também se viam bastantes latinos.
E que espectáculo tão emocionante foi. Confesso que também cantei, também bati palmas, também dancei e quando o cronómetro nos ecrãs gigantes começou a contar dois minutos durante os quais toda a gente deveria saudar quem estivesse à sua volta, perdi a conta aos apertos de mão que dei e aos “God bless you” que disse. E emocionei-me… Com as músicas, com a onda de fé que se sentia naquele teatro. Numa manhã de sol de Domingo, em Nova Iorque. A poucos dias do Natal.
Deixei o Brooklyn Tabernacle com o coração quentinho. E com o passo rápido rumo ao High Line Park, o novo ” jardim” suspenso que construíram numa antiga linha de comboio elevada na zona que vai da rua Gasenvoort à 34, por entre antigos armazéns e novos blocos de edifícios, à beira do Hudson. É giro para passear, mas o frio cortante em alguma zonas não deixou que conseguíssemos desfrutar em pleno.

A contar os minutos ainda fomos até ao Eataly, em Madison square, a nova megastore e mega food court só de produtos italianos. Está fantástica e é realmente um mundo de coisas boas, porque nem só de pizzas e massas se faz a gastronomia deste povo.

O F. por exemplo, ficou de olho no balcão das ostras, com uma variedade única, eu fiquei mais de olho nas tábuas de presuntos e queijos, mas só tivemos tempo de comprar uma focaccia com mozarela di búfala, carnes frias e rúcula que estava deliciosa. Mas prometemos voltar.
E pronto lá fomos nos para o aeroporto para voar até Miami, onde chegamos já perto das onze da noite. Novas aventuras amanhã já com sol e calor 😉

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Saudades do Rio Janeiro(Prudente Morais) e de seu Pai.

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