Segundo dia: Kathmandu

O segundo dia começa com um passeio a pé pelo bairro de Thamel até Durbar Square, a praça do palácio, um dos ex libris da cidade. Aqui concentram-se os palácios reais, os mais antigos e os mais recentes e vários templos.

Infelizmente os sinais do terramoto de 2015 estão muito presentes e grande parte dos monumentos estão em ruínas, num perfeito cenário de desolação.

 

 

Apesar de toda a destruição que se vê pela cidade e ainda mais nesta zona, os nepaleses tentam fazer a sua vida normal, como se nada se tivesse passado. Os casais de namorados marcam encontros no que resta dos templos, as crianças correm à volta espantando os pombos, os comerciantes expõem as mercadorias entre escombros, sapatos alinhados em bancas empoeiradas. Aliás o pó por toda a cidade é um coisa demoníaca, de tal forma que grande parte da população anda de máscara.

 

 

Em Durbar Square subimos ao restaurante Kasthamanpad que tem um terraço no topo com vista sobre a praça e a cidade. O cenário mais uma vez é desolador.

 

 

Ainda arriscamos um passeio pela parte da cidade a Sul de Durbar, pela região da Freak Street, assim chamada nos anos 60 e 70 quando aqui se concentravam os hippies ocidentais que acorriam a Kathmandu em busca do paraíso ( e de drogas). Mas esta zona ainda foi mais atingida pelo terramoto, as construções eram ainda mais antigas e o cenário ainda mais chocante.

 

Voltamos para o bairro de Thamel onde com o avançar das horas do dia, as ruas estreitas ficam cada vez mais cheias de locais, turistas, vendedores, carros, motas, tuk tuks.

Thamel é o bairro central da cidade, pejado de lojas com produtos falsos da North Face, artesanato e livrarias. É incrivel como há tantas livrarias  em Kathmandu, apesar de  57 por cento dos nepaleses serem analfabetos.

Thamel é também o bairro das guest houses, dos hotéis e dos hostels. Dos restaurantes, dos bares e das pequenas padarias e snacks.

 

 

Por aqui encontra-se de tudo, comida japonesa, italiana, chinesa, indiana, tibetana, o mais dificil é mesmo comida nepalesa que se restringe a alguns restaurantes que mais parecem pequenos refeitórios com mesas de fórmica e lâmpadas fluorescentes.

Acabamos por almoçar num restaurante tibetano, o Yak. Começamos com uma “papad masala”, que é tipo uma panqueca mas crocante feita de massa de lentilhas, e um caril de vegetais. Tudo muito bom.

 

Depois de almoço e com o calor a apertar vamos dar uma volta pelo “Garden of Dreams”  uns jardins criados em 1920 pelo  marechal Kaiser Shamser, depois de uma viagem deste a Inglaterra onde se inspirou nos jardins eduardianos. Tudo a ver como se pode imaginar.

Estes jardins são hoje em dia um autêntico oásis no meio do bulício da cidade. Há esquilos a correrem pelos relvados, casais de namorados nepaleses deitados em colchões, e um café fantástico com bolos muito típicos como a austríaca Sacher Torte 😉

 

 

Mesmo ao lado do jardim fica o palácio Narayanhiti onde viveu a família real (ou o que restou dela) até 2008, altura que a monarquia foi abolida no Nepal.

Acabamos o dia a beber um copo de vinho espanhol no pequeno pátio interior , o New Orleans Cafe, mesmo em frente ao nosso hotel. Apesar da ementa continental e da lista de vinhos europeus, o New Orleans fica num antigo edifício de arquitectura Newari e tem um ambiente muito acolhedor, à luz da velas e com música ao vivo às quartas e sábados.

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Para jantar escolhemos o Yangling Tibetan Restaurant, referenciado como um dos melhores da cidade para comer “momos”. Infelizmente depois dos que provamos na véspera, ficamos um tanto ou quanto desiludidos. Ainda do que gostamos mais é da “thenthuk”, uma sopa de noodles hiper aromática.

 

Amanhã será melhor 😉

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